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Transporte Terrestre

Ramal ferroviário de MG pode ser integrado ao Porto do Açu (RJ)

A ligação ferroviária de Pirapora-Unaí, com 308 quilômetros de extensão, fez parte de estudos conduzido pela Seinfra

27/06/2022 11h07

Foto: Divulgação

O ramal ferroviário Unaí-Pirapora, antiga demanda do Noroeste mineiro, poderá ser interligado ao Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Esse é um dos pontos abordados nos estudos complementares ao Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais (PEF), recebidos pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) neste mês de junho.

O levantamento é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Seinfra e a empresa Porto do Açu Operações S/A, que contratou a Fundação Dom Cabral (FDC) para elaboração dos estudos.

O foco é a análise da implantação do trecho ferroviário que conectará o ramal Anchieta, localizado no Espírito Santo, à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e ao Porto do Açu, localizado no município de São João da Barra, no Rio de Janeiro, além de outras ligações que permitam o escoamento de cargas até o terminal portuário.

Em um dos cenários, foi estudada a interligação do ramal Pirapora-Unaí à linha tronco da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) que, depois de cruzar o Norte de Minas, se estende até o pátio de Pedreira do Rio das Velhas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e na sequência faz conexão com a Estrada de Ferro Vitória a Minas.

A ligação ferroviária de Pirapora-Unaí, com 308 quilômetros de extensão, fez parte dos estudos do PEF, conduzido pela Seinfra. A implantação dessa ferrovia e a sua conexão com a linha atual da FCA é de grande interesse dos mineiros, pois a mesorregião Noroeste é uma importante área importadora de fertilizantes e exportadora de grãos, os chamados granéis sólidos agrícolas.

O Noroeste Mineiro é apontado como a nova fronteira agrícola do País, tendo a ferrovia como uma das principais engrenagens, uma vez que este meio de transporte é essencial para o escoamento da produção agrícola e também para a remineralização do solo, o que permitiria converter áreas degradadas de cerrado não produtivo em solo agricultável, com grande potencial para alavancar as exportações brasileiras.

Fonte: Agência de Minas