17/05/2025 08h23
Foto: Edmar Chaperman - Funasa
No Dia Mundial da Reciclagem, celebrado neste sábado (17), a indústria de embalagens PET se destaca, com uma história de mais de três décadas, que transformou produto em um dos principais exemplos de circularidade. Em 2024, o Brasil reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET pós-consumo, de acordo com o Censo da Reciclagem do PET no Brasil, registrando que a atividade exclusivamente de reciclagem faturou R$ 5,66 bilhões ao ano. Importante destacar que 59% desse total fica na base da cadeia produtiva, representada por catadores, cooperativas e sucateiros.
Esse desempenho ocorre principalmente devido a dois motivos: o desenvolvimento de diversas aplicações para o PET reciclado, que gerou forte demanda pelo material; e porque as empresas recicladoras investiram centenas de milhões de dólares em capacidade instalada e no desenvolvimento de demanda para o material reciclado, que hoje alimenta uma indústria diversificada.
O principal destino da resina reciclada – 37% do total – foi a fabricação de uma nova embalagem (preformas e garrafas), utilizadas principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, dentro do sistema bottle to bottle grau alimentício. O setor têxtil vem em segundo lugar entre os maiores usuários, com um consumo de 24% de todo o material reciclado, seguido pela indústria química (13%), lâminas & chapas (13%), fitas de arquear (10%) e outras aplicações que somam 3% do total.
As informações sobre o Censo da Reciclagem do PET no Brasil podem ser conferidas no site da Abipet, através deste link.
A importância do design da embalagem
Desde o último mês de março, a indústria abriu mais uma frente, para reforçar os avanços já obtidos com a reciclagem do PET no País. A Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) lançou a atualização das “Diretrizes Para a Reciclabilidade da Garrafa PET”, com o objetivo de orientar designers, equipes de marketing, engenheiros e técnicos das áreas de alimentos e embalagens, para valorizar a circularidade e tornar o produto ainda mais atrativo à logística reversa e aos recicladores.
“A reciclabilidade da embalagem começa no seu projeto, uma vez que as características do corpo, rótulo e tampa influenciam diretamente no reaproveitamento pós-consumo. As Diretrizes têm o objetivo de colaborar e alertar os profissionais ligados a essa fase do processo sobre as consequências de suas escolhas, mesmo antes da embalagem chegar ao mercado”, afirma o presidente executivo da Abipet, Auri Marçon.
Para ampliar o alcance e o impacto da iniciativa no mercado, a Abipet firmou um memorando inédito com a Associação Brasileira das Indústria de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), a Associação Brasileira da Indústria do Óleo Vegetal (Abiove) e a Associação Nacional dos Catadores (Ancat). As entidades empresariais ficarão responsáveis pela sua divulgação e sensibilização de seus associados em relação aos princípios do documento. A Ancat vai colaborar identificando, junto às cooperativas associadas, quais são as embalagens com menor atratividade para reciclagem – e suas respectivas marcas – para que sejam buscadas soluções que facilitem a reciclagem.
Nas “Diretrizes Para a Reciclabilidade da Garrafa PET” ainda é recomendada a utilização de “conteúdo reciclado”, ou seja, o uso de resina reciclada para a fabricação de uma nova embalagem, respeitando as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no caso de processos bottle-to-bottle grau alimentício.
“Sabemos que a reciclabilidade da embalagem começa no seu projeto, uma vez que as características do corpo, rótulo e tampa influenciam diretamente no reaproveitamento pós-consumo. O lançamento da nova edição das Diretrizes tem o objetivo de colaborar e alertar os profissionais ligados a essa fase do processo sobre as consequências de suas escolhas, mesmo antes da embalagem chegar ao mercado”, conclui o presidente executivo da Abipet, Auri Marçon.