06/07/2023 08h47
Foto: Divulgação
Na entrada da capital dos catarinenses há uma homenagem ao Porto de São Francisco do Sul: um guindaste da década de 1900. O equipamento utilizado no Porto do Norte do Estado, que completou 68 anos, foi instalado como relíquia no pátio do recém-restaurado Armazém Rita Maria, frente à Rodoviária, ao lado das pontes de acesso a Florianópolis.
No local ainda existem os depósitos do início do século passado onde eram acondicionadas as cargas da Empresa de Navegação Hoepcke, ao lado do antigo porto da Capital. Na placa que apresenta o equipamento está escrito que o guindaste, da marca alemã Menck & Hambrock, era usado nas operações de carga e descarga das embarcações no Terminal Hoepcke, que funcionou em São Francisco do Sul entre 1906 e 1939.
“Guindastes como este descarregavam as máquinas e implementos necessários ao avanço industrial de pequenas cidades catarinenses e embarcavam a produção agroindustrial que seria redistribuída pelos mercados consumidores do Estado e do país”, completa a descrição.
A haste do centenário equipamento exposta no local é a parte remanescente mais significativa, assim como a sua base, onde se encontra a marca do fabricante. O restauro completo do guindaste, com limpeza de oxidação e pintura de proteção da superfície, foi concluído em 2017, pelo Instituto Carl Hoepcke.
“O uso de guindastes no Porto de São Francisco do Sul foi um importante marco na história do desenvolvimento da região”, lembra o presidente do Porto, Cleverton Vieira. “Esses equipamentos foram fundamentais para o crescimento econômico do Porto e para a movimentação de grandes quantidades de produtos, que eram exportados para diferentes partes do Brasil e do mundo”.
História
Cinco séculos antes da inauguração oficial, em 1º de julho de 1955, o espaço às margens da Baía da Babitonga, no centro histórico de São Francisco do Sul, já era utilizado para a comercialização de produtos. Originalmente pelos indígenas que habitavam a região. Depois, pelos colonizadores que, com a chegada da ferrovia em 1906, começaram a exportar madeira e erva mate produzidas em Santa Catarina.
Com o passar das décadas, o complexo portuário foi se modernizando até se transformar num dos símbolos do desenvolvimento econômico do Estado, tornando-se modelo de excelência na exportação de grãos e importação de fertilizantes e produtos siderúrgicos.