02/05/2025 07h31
Foto: Renault - Divulgação
A Renault anunciou uma nova geração de furgões elétricos, composta pelos modelos Trafic, Goelette e Estafette E-Tech, com foco em atender às necessidades do transporte urbano e comercial com soluções mais eficientes e sustentáveis. Baseadas em uma nova plataforma totalmente elétrica no estilo “skateboard”, as vans prometem autonomia de até 450 km no ciclo WLTP, recarga ultrarrápida com tecnologia de 800 volts e opções de personalização para diversos perfis de uso.
A nova linha foi desenvolvida em parceria com a FLEXIS, sendo a primeira da Renault a adotar a arquitetura Software Defined Vehicle (SDV), que permite atualizações remotas e maior integração digital. Além disso, os três modelos terão produção na fábrica da Renault em Sandouville, na França, ao lado das versões com motor a combustão do Trafic.
As novas vans elétricas estarão disponíveis em dois comprimentos: L1, com 4,87 metros de comprimento e 5,1 m³ de volume de carga, e L2, com 5,27 metros de comprimento e 5,8 m³ de volume. A altura total foi reduzida para 1,90 metro, o que garante acesso a estacionamentos subterrâneos. A largura permanece em 1,92 metro em todas as versões. O trem de força elétrico está posicionado no eixo traseiro, o que melhora a dirigibilidade urbana e permite um raio de giro de apenas 10,3 metros, equivalente ao de um Renault Clio.
A linha oferece duas opções de bateria: uma de longo alcance com tecnologia NMC (níquel, manganês e cobalto), com até 450 km de autonomia (no caso da Trafic), e outra com tecnologia LFP (fosfato de ferro e lítio), que oferece cerca de 350 km e é mais indicada para usos urbanos. O sistema de recarga rápida em corrente contínua permite recuperar de 15% a 80% da carga em menos de 20 minutos.
A conectividade é outro destaque. Com a nova arquitetura SDV, os veículos passam a contar com uma base digital flexível, capaz de receber atualizações e melhorias ao longo da vida útil. Isso inclui funcionalidades como Vehicle-to-Load (V2L), que permite usar a energia da bateria para alimentar ferramentas e dispositivos elétricos, e Vehicle-to-Grid (V2G), que possibilita enviar energia de volta à rede elétrica.
Foto: Renault - Divulgação
A Trafic E-Tech é o modelo mais versátil do trio, com foco no equilíbrio entre capacidade de carga, manobrabilidade e conectividade. Com mais de 2,5 milhões de unidades produzidas desde sua estreia em 1980, o furgão médio ganha uma nova geração totalmente elétrica e projetada para atender a um amplo espectro de aplicações comerciais. Além do design funcional, o modelo adota elementos estéticos inspirados nos carros de passeio da marca, como faróis em LED e detalhes aerodinâmicos na carroceria.
Foto: Renault - Divulgação
A Estafette E-Tech resgata um nome histórico da Renault, agora com uma proposta moderna voltada à mobilidade urbana e entregas de última milha. Com dimensões compactas e grande agilidade, é indicada para pequenos comércios, prestadores de serviço e operadores logísticos que atuam em áreas centrais. A cabine e o espaço de carga foram projetados para otimizar o conforto do motorista e o aproveitamento do volume útil. Seu visual segue o mesmo padrão funcional da família, com foco na robustez e simplicidade operacional.
Foto: Renault - Divulgação
Já a Goelette E-Tech amplia a proposta do trio com foco em aplicações que exigem maior capacidade e flexibilidade. Ideal para transformações específicas, como ambulâncias, food trucks ou oficinas móveis, o modelo oferece estrutura preparada para adaptações por meio do programa Qstomize da Renault. A Goelette combina autonomia elevada com conectividade e possibilidade de integração a ecossistemas de energia, o que a torna apta para atender empresas e governos em projetos de mobilidade sustentável e logística verde.
Com essa nova família de veículos utilitários elétricos, a Renault reforça sua estratégia de eletrificação e aposta em soluções completas para clientes corporativos. A oferta de três modelos com diferentes características, mas base técnica comum, permite atender desde pequenos empreendedores até grandes frotistas, com foco em redução de custos operacionais e compromisso com a sustentabilidade.
Fonte: Inside Evs