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Economia

Renda total do brasileiro deve cair R$ 157 bi em 2021, diz estudo

O maior recuo será sentido nas transferências aos vulneráveis, que vão diminuir 62,2%

22/03/2021 08h09

Foto: Divulgação

A renda total dos brasileiros pode recuar R$ 157 bilhões em 2021 por causa da redução do auxílio emergencial e das incertezas que rondam a economia, principalmente a recuperação do mercado de trabalho diante da nova onda da Covid-19. A projeção está em relatório da Tendências Consultoria.

“Diante do enxugamento das políticas sociais compensatórias e da perspectiva de recuperação moderada do mercado de trabalho neste ano, a massa de renda total domiciliar no Brasil deve apresentar retração de 3,5%, após alta de 5,2% em 2020”, diz o documento, assinado pelo economista Lucas Assis.

A conta leva em consideração a chamada massa de rendimentos, que é o total recebido por todos os trabalhadores no país. No ano passado, esse montante foi de R$ 4,460 trilhões. Neste ano, a projeção é de 4,303 trilhões. Os R$ 157 bilhões são a diferença entre esses dois valores.

As projeções da consultoria consideram todas as fontes de renda, como rendimento de trabalho, aluguel, benefícios previdenciários e programas sociais — como o Bolsa Família e o auxílio emergencial.

O maior recuo será sentido nas transferências aos vulneráveis, que vão diminuir 62,2%, depois de avanço de 221,7% em 2020. Isso é reflexo direto da redução do valor do auxílio emergencial nesta reedição do programa. Em 2020, o auxílio teve cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro de R$ 300. O governo desembolsou R$ 293,1 bilhões e alcançou quase 68 milhões de pessoas.

Neste ano, será pago em quatro parcelas de R$ 250. Mulheres chefes de família recebem cota de R$ 375 e quem mora sozinho, R$ 150. Só uma pessoa por domicílio pode receber os valores.

Ainda assim, a Tendências estima que para 73,7% dos beneficiários do Bolsa Família a parcela do novo auxílio será mais vantajosa. A partir de agosto, a consultoria trabalha com a reformulação do programa, que já foi confirmada pelo ministro da Cidadania, João Roma.

Fonte: Extra