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No próximo mês, o Aeroporto RIOgaleão, localizado no Rio de Janeiro, vai inaugurar um galpão não alfandegado, visando atender a demanda crescente por operações logísticas. Com uma área total de 20.000 m2 e dividido em 8 módulos, o espaço é focado em clientes do aeroporto que possuem negócios relacionados à importação e exportação, especialmente voltados para operações de last mile.

Patrick Fehring, Diretor de Negócios Aéreos do RIOgaleão, destacou a importância da localização privilegiada do aeroporto, próximo à cidade. “Quando você reduz custos e tempo, diminui também os riscos da cadeia logística”, afirmou.

Empresas do setor de e-commerce, farmacêutico e aviação, que realizam a manutenção e armazenagem de peças, são alguns dos possíveis interessados. Além disso, o segmento de exportação de óleo e gás também poderia utilizar os armazéns, otimizando suas operações dentro do aeroporto.

As atividades podem incluir picking e cross-docking ou operações mais complexas. Segundo Fehring, o galpão é flexível e pode ser adaptado de acordo com as demandas específicas de cada usuário. “Um dos clientes do RIOGaleão Log, por exemplo, criou uma câmara fria para atender às necessidades de sua carga. A climatização de todo o ambiente também é possível, dependendo do tipo de carga que será operada no local”, explicou.

Em 2019, foi inaugurado o RIOgaleão Log, com 8 mil metros quadrados e 4 módulos, que foi rapidamente alugado nos primeiros meses. Com base nessa experiência positiva, a expectativa é que o novo galpão também seja alugado em um curto período de tempo.

O complexo do RIOgaleão conta atualmente com galpões para importação, exportação e cargas domésticas, além do RioGaleão Log. O investimento para a construção do novo galpão foi realizado pela Hire Capital.

A novidade foi revelada durante a entrega do Prêmio de Eficiência Logística às empresas com melhor desempenho em 2022, que aconteceu no dia 22 de junho, no Rio de Janeiro.

A importância das operações de carga

Fehring também destacou a importância das operações de carga durante a pandemia para a recuperação financeira não só do RIOGaleão como de outros aeroportos. “A carga salvou o aeroporto durante esse período desafiador. Com a retomada das operações e dos negócios, estamos observando um aumento gradual na receita”, afirmou o diretor.

O RIOgaleão retomou 80% da malha internacional pré-pandemia, oferecendo voos para todos os destinos anteriormente atendidos. Essa reconstrução tem beneficiado o mercado do Rio de Janeiro, impulsionando o crescimento do aeroporto e reduzindo a dependência dos cargueiros.

Fehring ressaltou que, embora os cargueiros sejam fundamentais para as operações aeroportuárias, transportar as cargas no porão dos aviões é mais competitivo.