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Os índices globais que acompanham o pulso do setor de transporte marítimo apresentaram variações moderadas durante o mês de março, segundo reportagens da imprensa especializada, em linha com uma tendência mundial de desaceleração do ritmo de queda dos fretes, embora ainda não seja de alta em valores é projetado. 

Por sua vez, o índice XSI Global da Xeneta, que coleta taxas contratuais de longo prazo, caiu apenas 0,5% em março em relação a fevereiro, para 345,87 pontos, "um ritmo mais lento do que nos meses anteriores", segundo a Xeneta. O XSI caiu 24% em relação ao seu recorde histórico em agosto de 2022, mas ainda subiu 30,5% em relação ao ano anterior e praticamente triplica os níveis pré-Covid do índice. Enquanto isso, o Drewry World Container Index, que mede as taxas à vista, permaneceu inalterado ano a ano durante a primeira semana de abril, em US$ 1.710 FEU. O composto global do WCI caiu 79% em relação ao ano anterior e está 84% abaixo da máxima histórica de US$ 10.277 FEU alcançada em setembro de 2022. No entanto, o índice ainda está 20% acima da média de 2018-2019, disse Drewry.

Companhias de navegação em alta antes da covid-19

Enquanto as taxas de frete moderam sua queda, as linhas de navegação continuam registrando ganhos acima da média dos números pré-pandêmicos. Por exemplo, embora as tarifas spot no mercado transpacífico leste tenham entrado em colapso, as operadoras ainda estão protegidas por contratos anuais assinados até 2022; ao mesmo tempo, as taxas à vista no mercado transatlântico no sentido oeste ainda são muito mais altas do que antes da pandemia. Como resultado, a receita média por unidade equivalente a quarenta pés - o grande impulsionador da receita líquida de transporte de contêineres - permanece maior do que antes de 2020.

A Cosco, a quarta maior operadora de transporte marítimo do mundo, registrou lucro líquido de aproximadamente US$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2023, queda de 75% em relação ao ano anterior. No entanto, esse número é seis vezes maior que o lucro líquido da Cosco no primeiro trimestre de 2019, antes da covid-19.

A OOCL, subsidiária da Cosco com sede em Hong Kong, divulgou que obteve uma média global de US$ 2.503 em receita por FEU no primeiro trimestre de 2023. Isso representa um declínio de 56% ano a ano e 31% sequencial em relação ao quarto trimestre de 2022. No entanto, a OOCL teve uma receita média de US$ 1.793 por FEU nos oito trimestres de 2018 e 2019, antes do boom de transporte marítimo induzido pela pandemia. Sua receita por FEU no 1T23 foi 40% superior a essa média.

A taiwanesa Evergreen Marine, a sexta maior companhia marítima do mundo, divulgou seus resultados de março, revelando uma alta para US$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023, o que, embora represente uma queda de 61% na comparação anual e 40% na comparação trimestral -trimestre, significa um aumento de 46% em relação ao primeiro trimestre de 2019, antes do COVID.

Fonte: Mundo Marítimo