Foto: Jefferson Peixoto - Secom - PMS

Rodoviários de Salvador fazem uma paralisação, entre 4h e 8h desta terça-feira (22), para cobrar o cumprimento de uma cláusula do acordo fechado com os patrões referente a depósito de adiantamento salarial.

Segundo o vice-presidente da categoria, Fábio Primo, o valor pendente corresponde a 40% dos salários e já deveria ter sido pago a motoristas, cobradores e demais funcionários. O Consórcio Integra enviou comunicado à entidade sindical informando que não teria como fazer os depósitos na segunda (21). A concessionária estima fazer o pagamento apenas no início de julho.

A paralisação deve atingir principalmente as garagens das empresas OT Trans e Plataforma, que respondem por cerca de 85% da frota soteropolitana.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, um adiantamento do salário deveria ser pago nesta segunda,21, entretanto o Consórcio Integra enviou comunicado para a entidade informando que não teria como fazer o pagamento.

“O Consórcio avisou que só tem condições de pagar no quinto dia útil de julho. Isso é um descumprimento do acordo. Os trabalhadores já tinham assumido compromisso com esse dinheiro”, disse o sindicalista.

O adiantamento corresponde a 40% do salário dos rodoviários.

Prefeitura monta esquema emergencial

A Secretaria de Mobilidade (Semob) de Salvador preparou um plano de contingência para garantir o atendimento aos usuários do transporte durante a paralisação dos rodoviários das empresas Plataforma e OT Trans nesta terça (22). O esquema emergencial da Semob contará com ônibus do Sistema Complementar (STEC) e veículos da frota operada pela prefeitura. A ação teve início a partir das 4h, quando os primeiros coletivos começaram a sair das garagens.

Durante a operação, as linhas estão direcionando os usuários para as estações de transbordo, funcionando como alimentadoras do metrô. “Colocamos como prioridade nesta operação facilitar a integração para os usuários, dando preferência às linhas que levam às estações de transbordo, para que de lá os usuários utilizem o metrô para fazerem deslocamentos mais longos” afirmou o secretário de mobilidade, Fabrizzio Müller. Para a operação da prefeitura, algumas linhas foram suspensas para reforçar a frota de outras que integram com o metrô. 

“Buscamos minimizar ao máximo os impactos para a população otimizando o deslocamento por meio da integração como metrô. De toda forma esperamos que a situação seja resolvida o mais rápido possível para evitar que os usuários do sistema não sejam ainda mais penalizados”, frisou Muller.