19/05/2024 11h09
Foto: Rafa Neddermeyer - Agência Brasil
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, apresentou uma proposta de criação de "cidades temporárias" nos municípios da região metropolitana de Porto Alegre.
As "cidades temporárias" serão instaladas na capital gaúcha, em Canoas, São Leopoldo e Guaíba, municípios que concentram cerca de 70% dos desabrigados do estado.
Até às 9h da manhã deste domingo (19), 82.666 pessoas haviam sido resgatadas, além de 12.215 animais. O efetivo empregado nos resgates foi de 27.716 pessoas, além de 4.061 viaturas, 21 aeronaves e 302 embarcações, segundo o governo. As autoridades estimam que a catástrofe tenha afetado a vida de 2,3 milhões de moradores de 463 municípios até agora — 93% do total. Há 540.626 pessoas desalojadas e 76.955 em abrigos.
"São locais para que, durante algum tempo, as pessoas possam estar albergadas com mais conforto e dignidade. A estrutura contará com administração, almoxarifado, postos de saúde, brinquedoteca, espaço para animais de estimação, chuveiros, banheiros, triagem de quem entra e sai, além de assistência social," explicou o vice-governador, coordenador das ações emergenciais.
As áreas de instalação das cidades temporárias em cada município estão sendo avaliadas em conjunto com as prefeituras. Pela proposta inicial, serão montadas no Complexo Cultural do Porto Seco, em Porto Alegre; no Centro Olímpico em Canoas; e no Centro de Eventos em São Leopoldo. Ainda não foi definido o espaço a ser utilizado em Guaíba, de acordo com o governo do estado.
As estruturas terão capacidade para acomodar de 900 a 1 mil pessoas. A montagem terá duração de 15 a 20 dias, com previsão de início cinco dias após a assinatura do contrato com o fornecedor.
O governo do estado também planeja oferecer aluguel social e criar abrigos temporários com o apoio de instituições internacionais com experiência em desastres, além de áreas com casas definitivas.