Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Logística

Santos Brasil deverá contingenciar investimentos neste ano

Antes da crise, a expectativa era de um investimento entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões

16/05/2020 14h33

Foto: Divulgação

Diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19, a operadora logística Santos Brasil deverá contingenciar seus investimentos para 2020, restringindo seu Capex a obras estratégicas no terminal de contêineres no Porto de Santos, afirmou Daniel Pedreira Dorea, diretor de relações com investidores.

Antes, a expectativa era de um investimento entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões neste ano. Hoje, esse número já foi revisto para uma faixa entre R$ 180 milhões e R$ 220 milhões. Desse montante, já foram alocados R$ 63 milhões no primeiro trimestre deste ano.

“Isso vai ser concentrado nas obras civis do Tecon Santos. São duas obras: uma de extensão do cais, que vai adicionar 220 metros, e a outra são obras de aprofundamento do cais, para equalizar o calado. São obras estratégicas, que nos colocam, em até dois anos, em uma posição de vantagem competitiva”, afirmou o executivo.

Para Dorea, a crise atual faz com que as expectativas originais da companhia já não tenham muita valia e dificulta traçar novas previsões consistentes. O principal alento, para a empresa, é que o setor portuário conseguiu manter sua operação normalmente, apesar das restrições impostas pela pandemia.

Para preservar seu caixa, a Santos Brasil também tem adotado medidas de redução de custos, diz o executivo. Entre elas, a redução de jornada e a suspensão de parte dos contratos de trabalho, reforço no capital de giro com aumento do prazo médio de pagamentos e controle da inadimplência, afirmou o executivo.

Novas concessões

A operadora segue interessada em novas concessões, e deverá avaliar licitações de terminais, principalmente no Porto de Santos, afirmou o presidente da companhia, Antonio Carlos Duarte Sepúlveda. O executivo disse que a empresa tem uma situação de caixa privilegiada, mesmo com a atual crise.

“As ofertas de terminais ainda estão na fase de audiência pública, mas estamos olhando sim. Tem alguns setores desassistidos, estamos olhando com todo o cuidado”, afirmou.

Para Sepúlveda, a companhia não necessariamente vê como uma novidade outros negócios, que não sejam voltados a contêineres, que é a atividade principal da operadora em Santos. “Muitos dos clientes são os mesmos. Existe uma forte sinergia, porque a carga usa vários modais”, disse.

Fonte: Valor