05/06/2022 08h18
Foto:Secom - PMS
Pessoas com 50 anos ou mais e trabalhadores da saúde, de todas as idades, podem tomar a segunda dose de reforço contra a covid-19, em todo Brasil. A recomendação do Ministério da Saúde vale para quem já tomou a primeira dose de reforço há mais de quatro meses.
As novas orientações da pasta, publicada em duas Notas Técnicas, consideram a necessidade de reforçar a imunização nessa faixa etária e para os trabalhadores que estão na linha de frente dos serviços de saúde, com maior risco de contaminação. As vacinas da Pfizer, Janssen e Astrazeneca podem ser usadas, independentemente da dose aplicada anteriormente.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, encomendada pelo Ministério da Saúde, mostrou que a combinação heteróloga para a dose de reforço, ou seja, de vacinas diferentes, é mais eficaz. Os resultados mostraram ainda que a dose de reforço pode aumentar em até 100 vezes a produção de anticorpos contra a covid-19. Até agora, mais de 4,5 milhões de brasileiros tomaram a segunda dose de reforço.
O Ministério da Saúde reforça a importância de estados e municípios seguirem as orientações da pasta para o andamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a covid-19. Até agora, o Governo Federal já distribuiu quase 500 milhões de doses para todo Brasil, garantindo a proteção de 77% da população brasileira com as duas doses. Mais de 85,9 milhões já tomaram a primeira dose de reforço.
Uso de máscara
O crescimento de casos de covid-19 obrigou capitais a voltarem a recomendar a utilização de máscaras em locais fechados. São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte já voltaram a solicitar o uso do equipamento de proteção.
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a decisão de retorno "leva em conta o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos (TRAs) para covid-19. Na semana epidemiológica 17 (24 a 30 de abril), a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, a positividade foi de 18%."
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba explica que junto ao aumento de infecções pelo coronavírus, está também a pressão enfrentada pelo sistema hospitalar devido ao crescimento de atendimento por outras doenças respiratórias.
Belo Horizonte indica que observou "uma tendência de aumento da incidência acumulada nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes e, embora até o presente momento não se observe alteração no indicador relativo à letalidade da covid-19, as mudanças nas regras são uma estratégia fundamental para o enfrentamento da doença no município."