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Logística

Segunda pista do aeroporto de Macaé recebe R$ 220 milhões

Executada pela Zurich Airport Brasil, a obra inaugurada amplia operações para aeronaves maiores

19/06/2025 10h55

 

A segunda pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé, no Rio de Janeiro, foi inaugurada esta semana. A nova estrutura vai permitir a operação de aeronaves de maior porte e ampliar a capacidade do terminal.

Com investimento de R$ 220 milhões, a obra foi executada pela Zurich Airport Brasil e integra o Plano Aeroviário Nacional (PAN). O projeto fortalece a infraestrutura voltada à indústria offshore e gerou cerca de 380 empregos diretos e indiretos, entre junho de 2023 e dezembro de 2024.

Durante a inauguração na terça-feira (17), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a relevância estratégica da cidade para o setor de petróleo e gás, e o papel da infraestrutura aeroportuária no fomento ao desenvolvimento regional. "Os investimentos que estão colocados para os próximos cinco anos são extraordinários aqui na região, na área de petróleo e gás. E isso significa mais desenvolvimento e mais geração de oportunidade. E para isso, a gente precisava melhorar o aeroporto de Macaé", afirmou o ministro.

Foto: Eduardo Oliveira - MPor

O grande destaque da nova fase do terminal é a pista de pouso e decolagem de 1.410 metros, homologada para receber aeronaves de maior porte, como o Embraer 195. Além de permitir voos comerciais regulares, a nova estrutura fortalece a conectividade regional e amplia o suporte às operações offshore na Bacia de Campos.

Hub estratégico da aviação offshore

Com a entrega, o Aeroporto de Macaé eleva sua categoria operacional e se torna o único do país com duas pistas dedicadas a esse tipo de operação. Durante as obras, os voos offshore – que concentram a maior parte da movimentação do terminal – foram mantidos, garantindo o suporte logístico às plataformas de petróleo.

O projeto incluiu terraplenagem, drenagem, pavimentação, sinalização, balizamento, revestimento vegetal, realocação de equipamentos de navegação aérea, construção de taxiways e ampliação do pátio de aeronaves de asa rotativa.

O CEO da Zurich Airport no Brasil, Ricardo Gesse, ressaltou o diferencial da operação no município de Macaé, com foco na segurança e no compromisso com o desenvolvimento regional. Segundo ele, a nova pista representa mais do que uma obra aeroportuária: trata-se de um investimento estratégico para o futuro da aviação e da economia local.

"Esta nova infraestrutura, com duas pistas, reforça nosso compromisso com Macaé e com o norte fluminense. Não estamos entregando apenas uma pista — estamos entregando possibilidades de futuro, com desenvolvimento contínuo e sustentável para toda a região", afirmou.

Para o secretário Nacional de Aviação, Tomé Franca, a entrega da segunda pista em Macaé vai além de uma ampliação física — é um passo estratégico para fortalecer um polo fundamental para a indústria offshore e para o desenvolvimento econômico e social da região. "Com essa nova infraestrutura, reafirmamos o compromisso do governo em modernizar nossa malha aeroportuária, ampliar a conectividade e garantir que o Brasil siga avançando como referência em aviação", enfatizou.

Durante o evento, o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Renato Jordão, entregou a licença de operação ambiental, que autoriza o funcionamento do aeroporto conforme as diretrizes ESG (ambientais, sociais e de governança). A medida reforça a adequação da infraestrutura às exigências do setor offshore e assegura a conformidade com as melhores práticas de sustentabilidade.

Potencial regional

Em 2024, Macaé foi a segunda cidade que mais gerou empregos no estado e foi reconhecida como o segundo melhor ambiente de negócios do país. Com base econômica sustentada por energia, agronegócio, logística e turismo, a cidade amplia sua conectividade e reforça seu papel estratégico com a modernização da infraestrutura aeroportuária.

Para o diretor-presidente interino da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a inauguração marca a importância da ampliação da infraestrutura para o fortalecimento da aviação regional e das operações offshore no Brasil. Ele enfatizou que a medida representa um avanço tanto em conectividade quanto em segurança. "Ao apresentar uma segunda pista, nós estamos falando de melhorar a conectividade e abrir possibilidades para o desenvolvimento. A gente está falando de manter uma operação com muito mais volume, mas também de maneira segura", completou.