20/05/2024 10h08
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Ainda na esteira da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado elevou a Selic para 2024 para 10,00%, ante 9,75% na última semana. Há um mês, o patamar era de 9,50%. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 passou de 9,75% ao ano para 10,00%.
O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no Banco Central antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, divulgada na semana passada, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.
Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.
No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano.
Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa passou de 8,63% para 9,00%.
Câmbio
O cenário esperado para o câmbio brasileiro foi revisado no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2024 passou de R$ 5,00 para R$ 5,04, ante R$ 5,00 de um mês antes. Para 2025, a mediana seguiu em R$ 5,05, mesmo patamar de um mês atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Fonte: Estadão Conteúdo