14/05/2021 14h48
Foto: Divulgação
Ao longo de 2020, em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19, ao menos 5.076 frentistas desligados de suas funções na Bahia, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Para o Sindicombustíveis, que representa os revendedores de combustíveis no estado, o cenário tem causado grande preocupação aos empresários do setor.
“A pandemia do novo coronavírus, que estabeleceu o isolamento social, a redução de veículos nas ruas e, consequentemente, a queda do consumo de combustíveis de 50% a 70% em Salvador, além do agravamento da crise econômica, contribuíram para essas demissões”, explica Walter Tannus. Ele diz que “a recomendação do sindicato era manter os empregos, mas o resultado foi milhares de desempregados, mesmo com o programa federal que permitiu reduções salariais e suspensão temporária de contratos”, lamenta Walter Tannus, presidente do sindicato.
De acordo com a PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral), feita pelo IBGE e divulgada em março deste ano, a Bahia atingiu o recorde de 1,272 milhão de pessoas desocupadas em 2020, correspondente a uma taxa de desemprego de 19,8%, o maior índice do país e já registrado no estado. EM todo o país, o contingente de desempregados atinge 14,4 pessoas.
“A situação de empresários, de um modo geral, e das pessoas sem emprego é muito preocupante. Esperamos que, com a flexibilização das medidas de restrições pelo estado e pelos municípios, que entram na fase amarela parcial, com a reabertura das lojas de conveniência, possamos voltar a acreditar na retomada da economia e do trabalho”, diz Walter Tannus.