Foto: Concais - Divulgação

O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais, completou 25 anos de operações no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Considerado o maior terminal marítimo de passageiros da América do Sul com 41,9 mil m², ele passou por mudanças com o decorrer do tempo e recebeu centenas de celebridades.

Desde a inauguração em 23 de novembro 1998, mais de 12,6 milhões de passageiros e 4 milhões de tripulantes passaram pelo terminal. Além disso, 321 navios de diferentes nacionalidades atracaram no porto até a última temporada, que acabou em abril.

Em valores, o terminal investiu R$ 30 milhões em equipamentos, câmeras e atualizações de softwares de segurança desde a inauguração, sendo aproximadamente R$ 4,1 milhões apenas neste ano.

Segurança

A segurança é uma das prioridades do terminal e precisou ser intensificada nos últimos anos por conta de crimes contra o patrimônio, contrabando de armas, materiais explosivos e comercialização de drogas.

Desta forma, é obrigatório que todos os passageiros e tripulantes passem pela inspeção de malas de mão, detector de metais e, quando necessário, revista pessoal. Isso acontece antes do embarque nos salões do Concais, que são equipados com escâneres, câmeras e seguranças.

Um dos procedimentos mais importantes é a inspeção de bagagens que seguem para as cabines, pois grande parte dos incidentes envolvendo o embarque de objetos não permitidos e produtos ilícitos acontece com a ocultação deles dentro de bagagens.

Além disso, há um sistema de monitoramento que auxilia na identificação de pessoas com restrições de embarque com mandado de prisão.

O terminal Giusfredo Santini foi o primeiro certificado pelo ISPS Code no Brasil. Com infraestrutura complexa, o Concais é dotado de protocolos de segurança que seguem o Plano de Segurança aprovado pela Cesportos/Conportos, com normas internacionais obrigatórias - ISPS Code, que trata da interface dos navios e das instalações portuárias que previne embarque de explosivos, entre outros.

O terminal também é um recinto totalmente alfandegado e, portanto, atende todas as determinações da Portaria RFB nº 143/2022, da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.

Foto: Concais - Divulgação

Dia a dia

O fluxo de passageiros é intenso no terminal de passageiros do maior porto do país. Em ocasiões em que o Concais recebe três navios simultaneamente, são atendidos 32 mil passageiros e mais 2,5 mil tripulantes de cruzeiros.

O terminal tornou-se referência. Na última temporada, o embarque e desembarque de passageiros impactou a economia de Santos e região em R$ 500 milhões.

Localização

Localizado no Porto de Santos Armazém 25 Interno, o terminal está a 80 quilômetros de São Paulo, que é o principal centro financeiro do País. Desta forma, a localização possibilita o fácil e rápido deslocamento de passageiros e tripulantes aos aeroportos internacionais de Congonhas e de Cumbica.

Além disso, o Porto de Santos oferece aos armadores infraestrutura para atender às necessidades de abastecimento e reparo naval dos cruzeiros que escolhem a cidade como ponto de partida e término das viagens ou como passagem.

Foto: Concais - Divulgação

Infraestrutura

Com 41.985,01 m², o terminal conta com área logística para o fluxo de veículos de passeio, ônibus e vans; oito salões para desembarque, espera de check-in e embarque de passageiros e tripulantes; lojas de moda e acessórios, farmácia, cafeterias, lanchonetes, posto de câmbio e caixas eletrônicos; acesso à Internet para passageiros e tripulantes; ambulatório para primeiros socorros; scanners de bagagem de mão e detector de metais; além de estacionamento para passageiros e ônibus.

Histórico

A Concais S/A é uma empresa privada operadora e administradora do Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini por vencer concorrência pública realizada pela Autoridade Portuária de Santos. Em 2018, o contrato foi renovado até 2038.

O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini foi inaugurado em 23 de novembro de 1998, seis meses após assinatura do contrato de arrendamento com a Autoridade Portuária de Santos (APS), antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Na época, a metragem era 27,5 mil m² e o acordo estabelecia obrigação de embarcar 5 mil passageiros na temporada 98/99.

No entanto, 46,7 mil passageiros embarcaram naquela temporada. Desta forma, o Porto de Santos passou a ter uma visibilidade inédita para a comunidade santista e regional. Isso porque o empreendimento no Cais do Armazém 25 fez as pessoas olharem o trecho portuário como um complexo com potencial turístico, que se confirmou e se consolidou. Foi o marco da integração Porto-Cidade.

Com o decorrer dos anos, houve o aumento de infraestrutura previsto em contrato e o terminal chegou a uma área de 41,8 mil ².

Antigamente, os navios de passageiros traziam estrangeiros que buscavam a vida em terras brasileiras. Desta forma, o Porto de Santos foi testemunha das fases que marcaram os navios de passageiros ao longo das décadas e séculos, desde a época da imigração até os tempos atuais.

No início do Século 20, a área do Cais dos Armazéns 5 e 6 – atrás do edifício da Alfândega – era a principal para atracação dos navios de passageiros. Depois, o Cais dos Armazéns 15 e 16 foi utilizado primordialmente para atender os transatlânticos, incluindo o Armazém IV Externo, de Bagagem.

Com a expansão dos voos a jato, especialmente na década de 60, os transatlânticos – que não conduziam mais imigrantes e sim passageiros em viagem de lazer – começaram a perder espaço para os aviões. No entanto, um novo conceito de viagens foi trabalhado para substituir os antigos 'liners', que faziam linhas regulares, como Londres-Nova York. Desta forma, os transatlânticos foram transformados em ambientes de lazer permanente, com atrações para todas as idades.

O primeiro navio a ter os passageiros atendidos pelo Concais foi o Costa Marina, no Cais do Armazém 23, vizinho ao Terminal Marítimo de Passageiros. Porém, o primeiro transatlântico a atracar no Cais do Armazém 25, do Concais, foi o português Funchal, em 2 de dezembro de 1998.

Fonte: g1