09/09/2022 14h50
Foto: Divulgação
Trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, decidiram paralisar as atividades da fábrica logo após assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 8. Eles também decidiram não entrar para o trabalho, nesta sexta (9), em protesto contra a decisão da montadora de caminhões e ônibus de demitir 3,6 mil funcionários.
O número de corte equivale a 38% do efetivo das áreas de produção e administrativo (9,4 mil), e a 35% se contar executivos e estagiários (10,4 mil).
A montadora informa que decidiu terceirizar atividades de setores como logística, manutenção, fabricação e montagem de eixos dianteiros e transmissão média, ferramentaria e laboratórios. Essa medida vai impactar diretamente 2,2 mil trabalhadores. O grupo também não vai renovar contratos de 1,4 mil funcionários que vencem no fim de novembro.
Em nota divulgada após a decisão dos trabalhadores, a Mercedes-Benz afirma que está iniciando negociações com o sindicato para discutir as medidas do seu plano de transformação das operações de caminhões e ônibus no Brasil.
A companhia reafirma ainda “a urgente necessidade de reestruturação de áreas e, consequentemente, a garantia de sustentabilidade dos negócios a longo prazo no País”.
Paralisações
A unidade já havia sofrido com paralisações em março do ano passado, em razão do agravamento da pandemia de covid-19. A empresa concedeu férias coletivas para grupos alternados de funcionários da produção. Cada grupo, com cerca de 1,2 mil trabalhadores, ficou fora da fábrica por 12 dias.
A decisão foi tomada em alinhamento com o sindicato para contribuir com a redução de circulação de pessoas, além de atender à antecipação de feriados por parte das autoridades municipais.
Fonte: O Estado de S. Paulo