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Transporte Aquaviário

Trânsito de petroleiros recupera 66% pelo Canal do Panamá

Já as passagens pelo Canal de Suez recuperaram 19% nos primeiros dez dias de maio

22/05/2024 08h21

Foto: Divulgação

O trânsito de petroleiros através do Canal do Panamá recuperou 66% do mínimo observado em fevereiro, e está praticamente no mesmo nível dos níveis do ano passado, antes da seca extrema forçar uma redução acentuada nos trânsitos deste segmento. Já os desvios de petroleiros ao redor do Cabo da Boa Esperança estão diminuindo em relação ao pico ocorrido em meados de abril, relata o BRS Tanker.

Prevê-se que as ineficiências causadas pela perturbação do Canal do Panamá diminuam no final do terceiro trimestre, uma vez que as projeções meteorológicas apontam para um aumento das chuvas nos próximos meses, o que é um bom presságio. 

De acordo com a última previsão da Refintiv para maio-agosto, embora os níveis de água ainda estejam baixos, estabilizaram e a humidade do solo está acima das médias de longo prazo, enquanto o aumento da precipitação deverá marcar o fim das condições de seca. 

Situação em Suez 

Estima-se que o trânsito combinado de petroleiros através do Canal de Suez, de Leste para Oeste e de Oeste para Leste, tenha recuperado +19% nos primeiros dez dias de maio, em comparação com a média de abril. Os trânsitos correntes diminuíram -26,4%, atingindo um nível semelhante aos níveis de meados de dezembro, face a -381% em abril e -42% em março. 

Os petroleiros com lastro Leste-Oeste se recuperaram na semana passada para o nível mais alto desde a primeira semana de janeiro, mas ainda -27% abaixo dos níveis de meados de dezembro, de acordo com dados da AXS Marine. 

Padronização de toneladas/milha 

O aumento das toneladas-milhas observado no primeiro trimestre do ano, influenciado pelos desvios do Mar Vermelho, deu lugar à normalização do crescimento durante o mês de abril, uma vez que março aparentemente marcou um piso de curto prazo na diminuição do tráfego através do Suez. As rotas de canais e petroleiros em torno do Cabo da Boa Esperança registaram um pico em meados de abril, tendo em conta o efeito do desfasamento temporal. 

Desde então, as viagens em torno do Cabo da Boa Esperança abrandaram, mas é provável que ocorra outra onda de ineficiências da frota antes do final do segundo trimestre e no terceiro, uma vez que a instabilidade na tonelagem deverá aumentar. 

Fonte: Mundo Marítimo