02/09/2021 11h18
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O estado da Bahia poderá receber mais de R$ 3,5 bilhões de investimento no trecho de circulação de trens entre o estado e o Sudeste do país pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Esses recursos serão direcionados para melhorias na linha atual, como a troca de trilhos e dormentes e ainda a aquisição de dezenas de locomotivas.
Tais aportes irão proporcionar uma movimentação mais ágil e segura de produtos diversos, injetando ainda mais eficiência ao negócio. Entre 2019 e 2020, o fluxo de cargas entre os dois estados cresceu quase 20%. Na Bahia, a Ferrovia Centro-Atlântica conta com rotas regulares de derivados de petróleo, cal, minério de ferro, minério de cromo, minério de magnesita, contêineres e cimento.
Álvaro Neto, gerente-geral do corredor que liga Bahia ao Sudeste do país, diz que a ferrovia é o melhor modal para distâncias longas e grandes volumes. “Na Bahia há grandes projetos na área de mineração e estamos trabalhando para entregar eficiência para esse e outros setores. A renovação nos permite ter um cenário de longo prazo e isso é positivo para todos”, diz Álvaro.
Silvana Alcantara, diretora de Relações Institucionais e Regulatório da VLI, ressalta que com a renovação de contrato da ferrovia Centro-Atlântico, o volume operado no trecho da Bahia aumentará ainda mais. “O estudo de demanda utilizado pela agência reguladora está em fase de atualização. Isso significa que a proposta apresentada estará adequada à realidade de mercado atual. Em breve, esse levantamento se juntará à análise de todas as contribuições feitas pelo público. O resultado vai gerar valor para o estado, fortalecendo nossa posição de empresa parceira da economia e da sociedade baiana”, diz a executiva.
Geração de emprego e renda
A relevância da FCA é observada a partir de uma singularidade entre as demais operadoras ferroviárias do país: a vocação para carga geral. Camaçari, Brumado, Campo Formoso, Candeias (Porto de Aratu), Pojuca e Itiuba são outras cidades do mapa ferroviário regional, pontos de carga e descarga de produtos. A malha transporta contêineres para a Braskem, cimento e clínquer para a LafargeHolcim e minério para a Bamin. Os dois últimos fluxos representam investimentos locais recentes.
Além dos investimentos esperados para a atualização da linha, nos últimos anos já foram empregados cerca de R$ 150 milhões. O valor aplicado, inclusive, refletiu em outro fator importante: o humano. Só para se ter uma ideia, a FCA gera quase 500 empregos diretos e indiretos e a maioria (87%) é ocupada por mão de obra local, mantendo o dinheiro circulando na região onde estes colaboradores moram. Este ano, a empresa abriu processo de recrutamento para contratação de maquinistas e outros profissionais no estado, em mais um sinal da crescente movimentação no trecho baiano da Centro-Atlântica.
Fonte: Click, Petroleo e Gás