28/06/2020 06h23
Foto: Divulgação
Antirracismo
A gigante francesa do setor de cosméticos L'Oréal decidiu remover alguns termos, como branco/branqueador (white/whitening), claro/clareamento (fair/fairness, light/lightening), da descrição de seus produtos, em um contexto mundial de protestos antirracismo. Ao longo da semana, empresas de diversos segmentos, como a Coca-Cola, também anunciaram medidas para combater discursos de ódio.
A decisão foi tomada depois que a filial indiana da Unilever anunciou que mudaria o nome de seu creme para clarear a pele, "Fair&Lovely" ("Clara&Amável", em tradução livre), diante de uma campanha considerada racista.
A multinacional anglo-holandesa do setor de alimentação e cosméticos prometeu não usar mais o termo "claro" ("fair"), afirmando estar "comprometida com celebrar todos os tons de pele".
A amplitude dos protestos contra o racismo no mundo todo, deflagrados após a morte de George Floyd, um afro-americano sufocado por um policial branco em Minneapolis, está aumentando a pressão sobre as empresas.
A retirada de propagandas do ambiente digital e mudança em nome de produtos vem na esteira da campanha internacional chamada #StopHateforProfit (Pare com o ódio para lucrar, em tradução livre), que propõe o boicote a redes sociais e empresas, com o objetivo que elas sejam mais engajadas no combate a crimes de ódio.
Reabertura das escolas
Segundo pesquisa da Datafolha, a maioria dos brasileiros (76%) é contra a reabertura das escolas nos próximos dois meses por causa da pandemia do novo coronavírus. Em todas as faixas etárias e de renda e em todas as regiões do país, a maioria da população defende que as aulas presenciais ainda não sejam retomadas. No Nordeste, 75% dizem que as escolas deverão permanecer fechadas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 2.016 pessoas de todo o país na terça (23) e na quarta (24) por telefone, modelo que evita o contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados e exige questionários mais rápidos.
O resultado do levantamento mostra que, apesar de a maioria da população (52%) concordar com a reabertura do comércio em estados e municípios neste momento da pandemia, uma proporção bem menor (21%) defende a reabertura das escolas.
Para especialistas em educação e infectologistas, o pouco apoio para a retomada das aulas presenciais pode ser pelo temor de que os alunos não sigam as regras de distanciamento, devido à infraestrutura das escolas ou por causa dos deslocamentos necessários para chegar às escolas.
Áreas embargadas por crimes ambientais
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e a União tornaram-se alvos de uma ação na Justiça Federal por omissão de informações sobre áreas embargadas por crimes ambientais.
Na ação popular, deputados requerem a imediata divulgação dos dados abertos de todos os embargos e autuações ambientais realizadas pelo Ibama desde outubro de 2019. A ação se baseia em denúncia publicada no último dia 18 de junho pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A reportagem revelou que, há mais de oito meses, o governo omite essas informações que, por lei, devem ser divulgadas com total transparência pelo governo, por ser informação crucial para concessões de crédito financeiro e comercialização de produtos agrícolas.
O apagão das áreas embargadas ocorreu após Ricardo Salles determinar mudanças nos sistemas que eram utilizados pelo Ibama para divulgar as informações.
De acordo com o Estadão, as alterações no chamado Sistema Integrado de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização (Sicafi) fizeram com que os dados simplesmente sumissem, além das informações históricas sobre multas e demais autos de infração lavrados pelo órgão ambiental.
A divulgação das informações não é uma atitude opcional do governo. É exigida por lei. A publicação dessas informações é obrigatória e está prevista na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, na Lei Nº 10.650, de 16 de abril de 2003 e no decreto Nº 6.514, de 22 de julho de 2008.
Lockdown no município de Gandu (BA)
A prefeitura de Gandu, cidade que fica no sul da Bahia, decretou a proibição das atividades não essenciais e a circulação de pessoas e veículos para conter o avanço do coronavírus. O chamado 'lockdown' será válido de 2 a 8 de julho. De acordo com o último boletim divulgado pela gestão municipal, o município tem 377 casos confirmados da doença e 10 mortes.
As únicas atividades que terão funcionamento permitido são farmácias, clínicas médicas, laboratórios, postos de combustíveis e serviços de delivery. Carros oficiais e de urgência e emergência também terão liberação para circulação.
As atividades comerciais de serviços não essenciais já estão suspensas em Gandu há cerca de uma semana, por recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
TRE-BA bate recordes de produtividade
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia permanece entre os mais produtivos do país durante a pandemia de coronavírus. Desde o dia 16 de março, início do regime de teletrabalho, o TRE-BA bate recordes de produtividade, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Até o momento, foram 17.382 movimentações processuais, de um total de 103.374. Isso coloca o Eleitoral baiano em primeiro lugar no Brasil nas serventias judiciárias que representam a atuação dos servidores nas zonas e sede do Tribunal.
O número de decisões proferidas faz do Eleitoral baiano o segundo do país. Foram 216 de um total de 1.550. Já o número de sentenças e acórdãos localiza o TRE da Bahia como o terceiro mais produtivo do país, responsável por 2.918 ações de um total de 24.719.
Na 14ª semana de trabalho remoto, que corresponde ao período entre 15 e 21 de junho, o TRE-BA está em primeiro lugar em dois tópicos de avaliação do CNJ. O Eleitoral baiano é o mais produtivo no que diz respeito ao total de sentenças e acórdãos, tendo expedido 419 de um total de 2.612. A Bahia também lidera as movimentações processuais neste período, com 17.382 serventias judiciárias de um total de 103. 374.
CURIOSIDADE
Maior raio do mundo
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que 0 Brasil registrou o mais longo raio do mundo em extensão.
Segundo a entidade, o fenômeno - chamado de "megaflash" - percorreu 709 quilômetros no dia 31 de outubro de 2018 no sul do país - mais que o dobro do recorde anterior, que era de 321km e ocorreu em Oklahoma, nos Estados Unidos.
"Isso equivale à distância entre Boston e a capital Washington ou entre Londres e a fronteira da Suíça", disseram os cientistas em nota. Trazendo para o Brasil, a distância equivale praticamente entre a rota da capital São Paulo a Florianópolis.
Outro recorde anunciado pela OMM foi registrado na Argentina, que teve o "megaflash" de maior duração já visto com 16,73 segundos. O evento ocorreu no dia 4 de março de 2019 no norte do país e também esse era mais do que o dobro do anterior.
"Esses são registros extraordinários de eventos únicos de relâmpagos e eventos climáticos extremos são medidas vivas do que a natureza é capaz", disse em nota o chefe de eventos extremos da OMM, Randall Cerveny.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é o país onde há a maior incidência de raios do mundo, com mais de 78 milhões de eventos climáticos do tipo todos os anos