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Gestão Pública

Vacina da Pfizer passará a ser produzida no Brasil em 2022

Farmacêutica acertou acordo com Eurofarma e expectativa é de 100 milhões de doses por ano, para distribuir na AL

26/08/2021 10h16

Foto: Divulgação

Parceiras no desenvolvimento do imunizante contra a Covid-19, a Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta quinta-feira (26) um acordo para a brasileira Eurofarma fabrique doses prontas da vacina. A produção vai ser iniciada em 2022, deve atingir – em operação plena – mais de 100 milhões de vacinas anuais e será voltada ao mercado latino-americano.

Das quatro vacinas adotada no Programa Nacional de Imunizações, a CoronaVac e a da AstraZeneca/Oxford contam com fornecedores brasileiros, respectivamente o Butantan e a Fiocruz. Apenas o produto da Janssen – braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson – vem integralmente de fora.

O comunicado das duas desenvolvedoras não explica se o acordo vai permitir que o Brasil tenha mais vacinas disponíveis em 2022. As atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente. Segundo a Eurofarma, a fábrica da Pfizer fica localizada em São Paulo. 

Agora de manhã, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a importância do acordo. "Significa que a grande indústria acredita no nosso país e no sistema de saúde do Brasil. Em termos práticos, gera emprego, gera renda, gera tributos e gera uma garantia que teremos mais uma tecnologia no nosso país na produção de vacinas, que serão exportadas para toda a América Latina. Além de ser, também, um incentivo à pesquisa básica. Não só ensaios clínicos", afirmou Queiroga, que terá um encontro com representantes da farmacêutica norte-americana ainda hoje.

Albert Bourla, CEO da Pfizer, afirma que a ampliação da produção vai ajudar na distribuição dos imunizantes. "Todos, independentemente da condição financeira, etnia,  religião  ou  geografia,  merecem acesso às vacinas contra a Covid-19 que salvam vidas. Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos – nos ajudando a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina. Continuaremos a explorar e buscar oportunidades como esta para ajudar a garantir que as vacinas estejam disponíveis para todos os que precisam", disse ele. 

O acordo entre a Pfizer/BioNTech e a Eurofarma é o terceiro entre farmacêuticas e labarotários brasileiros para produção de imunizantes contra a Covid-19. Já que a AstraZeneca é produzida pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), no Rio de Janeiro, e a CoronaVac, da chinesa Sinopharm, é feita no Instututo Butantan, em São Paulo. 

A Eurofarma está no Brasil desde 1972 e foi a primeira multinacional farmacêutica do país com capital 100% brasileiro. A empresa tem 3 fábricas no Brasil, empregando mais de 6 mil colaboradores.