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Gestão Pública

Vacina de Oxford contra a Covid-19 será testada em Salvador

Projeto mais avançado em curso terá 5 mil voluntários no Brasil

11/07/2020 10h49

Foto: Divulgação

vacina contra a Covid-19 idealizada pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca será testada em Salvador, informou o Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, que coordena o processo a partir desta sexta-feira (10) na Bahia.

Salvador passa a ser a terceira cidade brasileira com testes para a vacina. A cidade se junta a São Paulo e ao Rio de Janeiro, que desde o final de junho convidam voluntários para a aplicação das doses. O Instituto D'Or também coordena os testes nos moradores da capital fluminense, enquanto a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cuida dos procedimentos em terras paulistanas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a vacina mais avançada em testagem no mundo. A declaração foi dada em 26 de junho por Soumya Swaminathan, cientista-chefe da agência de saúde da ONU.

Segundo a pesquisadora, uma outra vacina em fase de testes, idealizada pela emprensa Moderna, "não está muito atrás" da potencial imunização da AstraZeneca. Os dois projetos estão entre as mais de 200 vacinas candidatas contra a Covid-19, das quais 15 já entraram na fase de testes clínicos, em humanos.

Protocolo

Assim como em SP e no RJ, os voluntários de Salvador devem ter entre 18 a 55 anos, precisam ser profissionais de saúde ou pessoas que tenham uma alta exposição ao Sars CoV-2, além de não terem sido contaminados até agora. Serão, nas três cidades, 5 mil participantes.

recrutamento em Salvador será feito pela internet. No site do Instituto D'Or, o candidato fará um cadastro e, caso as respostas estejam dentro dos critérios exigidos, será convidado a participar do estudo. A seleção e o acompanhamento dos voluntários será no Hospital São Rafael.

Todos candidatos serão acompanhados por profissionais de saúde. De acordo com o Instituto D’Or, que viabiliza a ação, o estudo é "simples-cego" e randomizado, ou seja, os voluntários não sabem se receberão a vacina de Oxford ou a vacina controle.

Aprovado pela Anvisa

Para ser conduzido no Brasil, o procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde. Os resultados serão importantes para conhecer a segurança da vacina.

Para chegar a um produto efetivo, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas para testar segurança e resposta imune. Primeiro há uma fase exploratória, com pesquisa e identificação de moléculas promissoras (antígenos). O segundo momento é de fase pré-clínica, em que ocorre a validação da vacina em organismos vivos, usando animais (ratos, por exemplo). 

Fonte: G1