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Gestão Pública

Vacinação de crianças de 3 e 4 anos não ocorre em todo o Brasil

Não há estoque de CoronaVac e produção da vacina no Instituto Butantan está suspensa

23/07/2022 10h14

Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil

Aprovada há nove dias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aplicação da CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos ainda não começou em todos os locais do Brasil. Antes do aval da Anvisa, o público a partir de 5 anos só podia receber a vacina da Pfizer, e as crianças de 3 e 4 não podiam ser imunizadas contra a covid-19.

Segundo levantamento feito pelo Portal G1, a vacinação das crianças desta faixa etária começou em todas as capitais exceto Cuiabá, Maceió e Teresina. Mas mesmo na capital paulista, que já começou a vacinar, o público está restrito a crianças indígenas, com comorbidades e deficiência.

No estado de Alagoas, nenhum município começou a vacinação. Até a última terça-feira (19), Mato Grosso aguardava novas doses para iniciar a vacinação. No Piauí, apenas alguns municípios já vacinam, como Água Branca e Parnaíba.

Enquanto novos lotes da vacina não são distribuídos, capitais, estados e municípios do interior têm usado estoques próprios para iniciar a vacinação.

Alguns locais começaram a vacinação de crianças de 4 anos, mas não de 3 -  situação de Brasília, que aplica apenas doses que sobram nas crianças mais novas. Outras incluem as de 4 anos e, entre as de 3, apenas as com deficiência ou comorbidades - como João Pessoa, capital da Paraíba.

Em Pernambuco, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Caruaru vacinam apenas as crianças de 4 anos.

Já em Juiz de Fora (MG), só crianças de 4 anos com deficiência, comorbidades ou imunossuprimidas podem ser vacinadas. Em Belo Horizonte, apenas as imunossuprimidas podem receber a vacina.

Já no Pará, as quatro maiores cidades - Belém, Ananindeua, Santarém e Marabá - já iniciaram a vacinação de crianças tanto de 4 como de 3 anos.

Também é o caso de Goiânia, São Luís, Vitória, Manaus, Macapá, Rio Branco, Salvador, Fortaleza, Curitiba e outras capitais, além de Imperatriz (MA), Serra (ES), Vila Velha (ES), Anápolis (GO) e Uberlândia (MG).

Produção interrompida

Fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, a CoronaVac dada às crianças tem a mesma dosagem dos adultos e é aplicada em duas doses. No dia 1º de julho, entretanto, o instituto anunciou que, "na ausência de novos pedidos de compra pelo Ministério da Saúde, a produção da vacina foi interrompida temporariamente".

Nesta semana, o governo paulista afirmou que vai importar 8 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para fabricar as doses necessárias para vacinar as crianças de 3 e 4 anos. A previsão é de que as unidades do imunizante fiquem prontas já em agosto.

"Tomamos essa decisão, antes mesmo da inclusão no PNI (Programa Nacional de Imunizações), para que a gente tenha vacina suficiente para vacinar as crianças de São Paulo e colocá-las à disposição do Ministério da Saúde para vacinar as crianças do Brasil", disse o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.

Em nota enviada ao Portal G1 na sexta-feira (22), o Butantan disse aguardar "a decisão do Ministério da Saúde para incorporar a CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para que possa, assim, ser distribuída em todos os estados e municípios".

O Ministério da Saúde foi questionado sobre a compra, distribuição e aplicação da CoronaVac nas crianças, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Fonte:  Portal G1