04/07/2021 11h30
Foto: Divulgação
As vendas de veículos novos voltaram a cair em junho, no comparativo mensal. O setor automotivo enfrenta uma fase conturbada desde o início da pandemia, mas há alguns meses o principal motivo vem sendo as paradas de produção nas fábricas por falta de componentes, em especial de semicondutores. O problema reduz a oferta de carros novos nas concessionárias e gera fila de espera para alguns modelos.
Como resultado, os preços vêm subindo. Os carros 0 km estão ficando mais caros. Em alguns casos, as variações chegam a 20%. A média de reajuste dos 10 carros mais baratos do país foi de 11% em 6 meses.
Um estudo da Kelley Blue Book Brasil (KBB), empresa especializada em pesquisa de preços de veículos novos e usados, mostra as variações dos carros mais baratos em junho suas respectivas variações de preços no primeiro semestre de 2021.
O consumidor brasileiro que procura por um carro popular, hoje, não encontra opções 0 km que custem menos do que R$ 40 mil nas concessionárias. O modelo mais barato do mercado atualmente, segundo o estudo, é o Fiat Mobi, que em sua versão de entrada Easy custa R$ 44 mil no ano modelo 2022, segundo o estudo.
Em alguns casos, no entanto, os modelos não possuíam linha 2022 em janeiro para uma comparação direta do reajuste de preço. Por isso, esses modelos estão marcados na tabela porque a referência usada em janeiro é o preço do ano modelo 2021.
O carro que apresentou o maior acréscimo de preço em termos relativos no período analisado foi o Fiat Argo, com variação de 20,2% para versão de entrada. Na outra ponta, o Volkswagen Polo na versão 1.2 foi o que apresentou a menor variação, porém, tem um custo mais alto. Modelos como o Hyundai HB20 e o Volkswagen Fox também se destacam com altas de 10,5% e 15,4%, respectivamente.
Este valor representa um acréscimo de 15,8% sobre o preço do mesmo carro de janeiro de 2021. A pesquisa da KBB Brasil levou em conta automóveis e comerciais leves apenas em suas versões de entrada, considerando o ano modelo 2022 de cada um deles.
Em alguns casos, no entanto, os modelos não possuíam linha 2022 em janeiro para uma comparação direta do reajuste de preço. Por isso, esses modelos estão marcados na tabela porque a referência usada em janeiro é o preço do ano modelo 2021.
O carro que apresentou o maior acréscimo de preço em termos relativos no período analisado foi o Fiat Argo, com variação de 20,2% para versão de entrada. Na outra ponta, o Volkswagen Polo na versão 1.2 foi o que apresentou a menor variação, porém, tem um custo mais alto. Modelos como o Hyundai HB20 e o Volkswagen Fox também se destacam com altas de 10,5% e 15,4%, respectivamente.
A falta de peças é diagnosticada em vários pontos da produção, e a alta de demanda com a falta de oferta vem inflando os preços de outras peças e até no transporte delas. Por exemplo, entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, o aço chegou a subir 65%, o custo de resinas ficou 68% maior, o frete marítimo aumentou 339% e o frete aéreo subiu 105%, de acordo com os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Fábricas paradas
Em junho, diversas fábricas voltaram a paralisar a produção por causa da falta de semicondutores, prejudicando o abastecimento das lojas. A Hyundai deveria ter retomado no dia 02 de julho dois turnos de trabalho na fábrica de Piracicaba, mas decidiu estender a paralisação até o próximo dia 11. Até lá, seguirá operando com apenas um turno.
Em nota, a empresa informa que a prorrogação se deve às “condições instáveis de fornecimento de componentes eletrônicos”. Disse também que segue monitorando a situação e tomará medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças a cada semana.
As fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Carlos e São José dos Pinhais retomaram as atividades no dia 02 de julho. As duas plantas de São Paulo ficaram paradas por dez dias; na do Paraná, foram 20 dias. A unidade Taubaté também ficou sem produzir por dez dias e voltou a operar no dia 17.
A fábrica da General Motors de Gravataí (RS) está fechada desde abril, com retorno previsto apenas em meados de agosto. Já a planta de São Caetano do Sul iniciou no último dia 21 uma paralisação de seis semanas, mas fará modificações na linha para o início da produção da nova picape Montana, totalmente diferente da anterior.
Antes das paradas, em especial da fábrica gaúcha, onde é produzido o Onix, a GM era líder em vendas no País desde 2016. Em junho, ficou na sétima posição, com 6,8% de participação no mercado de automóveis e comerciais leves.
Fonte: Agência Estado