Foto: BYD - Divulgação

O mercado brasileiro de veículos eletrificados apresenta um cenário de fortes contrastes em 2025. De forma inesperada, os carros totalmente elétricos sofreram uma queda nas vendas. Segundo dados da Fenabrave, a venda de veículos 100% elétricos caiu 15% entre janeiro e abril de 2025. Foram licenciadas apenas 17,7 mil unidades no período.

Em comparação, o mesmo intervalo em 2024 havia registrado 20,8 mil emplacamentos. A diferença chama a atenção de especialistas e do setor automotivo como um todo.

Por outro lado, os modelos híbridos seguem em direção oposta. As vendas desses veículos cresceram expressivos 73,3%, subindo de 30,4 mil para 52,7 mil unidades. Com isso, o total de veículos eletrificados — somando híbridos e elétricos — chegou a 70.457 emplacamentos no primeiro quadrimestre. Isso representa alta de 37,5% em relação a 2024.

Apenas em abril, os consumidores compraram 15.125 híbridos e 4,7 mil carros totalmente elétricos. Esses dados mostram uma clara preferência pela tecnologia híbrida.

De acordo com Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, os brasileiros enxergam os híbridos como uma solução de transição segura rumo à mobilidade sustentável no país. Além disso, ele destaca que a infraestrutura de recarga limitada ainda é um obstáculo. A falta de postos de carregamento afasta potenciais compradores de elétricos.

Esse gargalo é apontado como a principal barreira para o avanço dos elétricos no Brasil. Mesmo com incentivos, os consumidores ainda sentem insegurança na escolha.

O cenário, porém, não é exclusivo do mercado nacional. Na Europa, onde os elétricos avançaram antes, a adoção está abaixo do previsto nos últimos anos.

A situação revela que o sucesso da mobilidade elétrica depende não apenas dos veículos, mas também de políticas públicas e infraestrutura para recarga.

Enquanto isso, modelos híbridos como o Toyota Corolla Cross e o BYD Song Plus ganham espaço e caem no gosto dos brasileiros em 2025. Com maior autonomia, os híbridos oferecem uma solução prática. Eles unem combustíveis fósseis e eletricidade sem grandes adaptações.

Fonte: Terra