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Enquanto a venda de carros novos sofre impactos dos juros e da inflação, o setor de usados registrou recuperação em março, quando foram comercializadas 1.307.795 unidades. O setor já opera em níveis pré-pandemia, frisa a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No comparativo mensal, o mês passado teve alta de 32,2% influenciada pelo número de dias úteis a mais – 23×18, já que fevereiro além de mais curto tem o Carnaval. Mas o comparativo com março do ano passado também foi positivo – 9,9% a mais. No trimestre, o saldo acumulado é 6,2% maior. Contra 2019 – antes da Covid-19 -, o período janeiro a março teve 3.357.290 troca de titularidades agora e 3.310.171 transações naquele ano.

“No trimestre, as transações acumuladas de usados atingiram níveis pré-pandemia, o que mostra que o mercado vem consumindo mais carros usados, em função do endividamento das famílias, taxas de juros elevadas e restrição de crédito para a aquisição de veículos novos. Nossa preocupação é que quanto mais a frota envelhece, mais poluição e acidentes são causados”, analisa o presidente da Fenabrave, Maurício Andreta Jr.

As transações de automóveis e comerciais leves totalizaram 953.882 unidades em março. Os modelos usados, com até 3 anos de fabricação, representaram 9,1% do total negociado no mês. O segmento de caminhões registrou 32.576 vendas e aumentou 37,7% sobre fevereiro.

O segmento de motocicletas evoluiu 34,6% em março. O acumulado do trimestre ficou positivo em 2,5%, após os dois primeiros meses do ano fecharem estáveis em relação a 2022. “Vemos que, em motos, as vendas de novas estão mais aquecidas, apoiadas pelo consórcio, por exemplo”, analisa Andreta Jr.