28/10/2025 11h31
VLP - Foto: Prefeitura do Rio do Rio de Janeiro - Divulgação
A Prefeitura do Rio de Janeiro quer transformar os corredores de BRT em linhas de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou Veículo Leve sobre Pneus (VLP). O projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores na quinta-feira (23) e agora segue para sanção do prefeito Eduardo Paes.
A proposta, chamada de VLTzação, prevê uma Parceria Público-Privada (PPP) para substituir o sistema de ônibus articulados por trens leves nos corredores Transcarioca e Transoeste.
O plano começou a ser debatido em 2022, quando Paes anunciou que queria “VLTzar” o transporte da cidade em 15 anos. Na época, ele prometeu aproveitar a estrutura já existente dos corredores de BRT, o que reduz custos e evita novas desapropriações.
Três anos depois, o projeto ganhou força e foi aprovado com o apoio da base do governo na Câmara.
Quanto vai custar e quem paga
O que muda com a “VLTzação”
Na prática, o projeto autoriza a conversão dos corredores Transcarioca e Transoeste — que hoje operam com ônibus BRT — em linhas de VLT ou VLP.
A proposta é que as linhas tenham capacidade para 16 mil passageiros por hora por sentido, nível equivalente ao do sistema atual, mas com custos operacionais menores, vida útil mais longa dos veículos e redução de ruído e poluição.
O modelo VLP — que roda sobre pneus, mas é elétrico e pode ser guiado automaticamente — também está sendo estudado como alternativa mais barata, com tecnologia importada da China.
O sistema vai atender 1,7 milhão de moradores e pode transportar até 580 mil passageiros por dia, caso funcione por 18 horas diárias.
Benefícios prometidos
O estudo técnico da prefeitura, elaborado com apoio do BNDES, aponta ganhos sociais, econômicos e ambientais. Entre os principais benefícios estão:
Próximos passos
A versão final do texto aprovada pelos vereadores permite também expandir o VLT para São Cristóvão, Ilha do Governador e Botafogo.
Antes do início das obras, o município ainda precisará definir o modelo (VLT ou VLP) e abrir licitação para a concessão.
Segundo a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, a decisão será tomada com base em estudos técnicos e de custo-benefício.
"Os investimentos são mais altos, mas a qualidade é maior e perdura por mais tempo. A vida útil de um trem é muito superior à de um ônibus", disse a secretária.
Fonte: g1