12/05/2025 08h50
Foto: Divulgação
A Volkswagen do Brasil está de volta ao continente africano com a retomada de suas exportações. A primeira remessa do Novo T-Cross teve 200 unidades destinadas a Camarões, Costa do Marfim, Gana, Madagascar, Ruanda e Senegal. Esse movimento marca a volta das vendas diretas da marca brasileira para a África, após anos de pausa nas operações internacionais com foco nesse continente.
A produção do Novo T-Cross é realizada na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná. Já os embarques acontecem pelo Porto de Paranaguá, onde o Grupo Volkswagen possui um terminal próprio. Em 2024, a empresa movimentou mais de 46 mil veículos por esse terminal, o que representou quase 44% das operações do porto.
Entre 1980 e 2023, a Volkswagen do Brasil já havia exportado cerca de 62 mil veículos para o continente africano. Agora, com a volta das exportações, esse número tende a crescer novamente. Segundo a montadora, os mercados africanos possuem semelhanças com os latino-americanos, como desafios econômicos, estrutura logística e perfil de consumo.
Em 2025, a Volkswagen já aumentou em 78% suas exportações, somando 35.707 unidades embarcadas até abril. Para comparação, no mesmo período de 2024 foram 20.082 unidades. No mercado total de veículos leves no Brasil, o crescimento foi de 46,4%, chegando a 151.842 unidades embarcadas até abril, segundo dados da Anfavea.
Além da África, a Volkswagen exporta atualmente para outros 18 países da América Latina. Os principais destinos em 2025 são Argentina, com quase 20 mil carros, México, com pouco mais de 9 mil unidades, e Chile, com quase 2 mil. Países como Paraguai, Peru, Uruguai e Bolívia também fazem parte da lista de clientes da montadora brasileira.
O Novo T-Cross, SUV mais vendido do Brasil neste ano com mais de 26 mil unidades emplacadas, está entre os modelos mais exportados da Volkswagen, junto com Polo, Saveiro e Nivus. O Polo, aliás, é atualmente o carro mais exportado da empresa e lidera também as vendas na América do Sul.
Max Frik, gerente executivo da Volkswagen, destacou que essa nova fase de exportações também se deve ao aquecimento da demanda em mercados como a Argentina. O país vizinho representa 55% das exportações da marca no primeiro quadrimestre de 2025.