24/08/2024 09h14
Foto: Divulgação
A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (23) o detalhamento dos investimentos anunciados para o Brasil em fevereiro. Dos R$ 16 bilhões prometidos para o país, R$ 13 bilhões serão destinados às fábricas no estado de São Paulo: São Bernardo do Campo, Taubaté em São Carlos.
O anúncio foi feito na fábrica de São Bernardo do Campo, a primeira da Volkswagen no Brasil, e contou com a participação do governador paulista, Tarcísio de Freitas. Oficialmente, há poucas informações concretas (e novas). Segundo a empresa, esses R$ 13 bilhões para o estado de São Paulo serão usados até 2028. Com o valor, a Volkswagen promete lançar:
Os novos carros da Volkswagen
O veículo inédito de Taubaté será o próximo a ser lançado. O SUV de entrada que usa a base MQB A0. Anteriormente, foi publicado uma projeção de como deve ser o modelo, que vai competir com Renault Kardian, Fiat Pulse e com o futuro SUV baseado no Chevrolet Onix.
O lançamento do A0 SUV está previsto para o início de 2025, porém, o nome do modelo ainda é um mistério. Há uma lista com possíveis nomes: Tera, Teon, Taira, Therion, Copan, Copa e Hera.
SUVs híbridos
Depois do A0 SUV, a Volkswagen vai, finalmente, focar em carros híbridos nacionais. Eles serão produzidos na fábrica de São Bernardo do Campo e podem, inclusive, decretar o fim de Taos e Tiguan de uma só vez. Estamos falando de dois modelos de porte médio, um com estilo SUV convencional e outro com visual que lembra um cupê.
Esses novos SUVs serão baseados nos chineses Tayron e Tayron X, que terão uma nova geração revelada no ano que vem no país asiático.
Diferentemente do Tayron atual, dotado apenas de configurações de cinco lugares, o novo contará com uma variante esticada de sete lugares como sucessor direto do Tiguan Allspace. Apenas o cupê Tayron X deve ser preservado de uma terceira fileira de assentos.
E, para lançar os modelos híbridos, a Volkswagen vai recorrer à plataforma de um velho conhecido dos brasileiros. A marca alemã vai adotar a base MQB 37, a mesma usada pelo último Golf nacional, para criar os SUVs híbridos.
E, para lançar os modelos híbridos, a Volkswagen vai recorrer à plataforma de um velho conhecido dos brasileiros. A marca alemã vai adotar a base MQB 37, a mesma usada pelo último Golf nacional, para criar os SUVs híbridos.
Ao mesmo tempo, recebe diversos aprimoramentos para ter melhores índices de eficiência energética, consumo de combustível e emissões de poluentes. Com isso, vai atender às novas normas de emissões do Proconve L8, que entra em vigor, em fases, a partir do ano que vem.
Como será o motor Volkswagen 1.5 TSI Evo2
Como dissemos, o motor Volkswagen 1.5 TSI Evo2 representa uma segunda evolução do atual 1.4 TSI que equipa Virtus, T-Cross e Taos no Brasil. Por isso, recebe o nome Evo2. Apesar de preservar o bloco de alumínio e o diâmetro dos quatro cilindros (74,5 mm), além de herdar diversos componentes, como o sistema de injeção direta, recebe muitas mudanças a fim de aprimorar sua eficiência energética. Eles vão desde o arranjo interno das câmaras de combustão até a angulação das válvulas, pistões, bielas e virabrequim.
Além de melhorar os índices de consumo e emissões, o novo motor 1.5 TSI Evo2 pode receber variantes eletrificadas, do tipo híbrida leve (MHEV), híbrida plena (HEV) e híbrida plug-in ou com recarga externa (PHEV), devem começar a ser usadas a partir de 2027.
Na Europa, a Volkswagen já oferece diversas calibrações do motor 1.5 TSI Evo2, eletrificadas ou não. Apenas a opção híbrida plena ou HEV ainda não existe na gama europeia da marca. Veja quais são as opções já existentes e como elas podem ser usadas (ou não) no Brasil:
Câmbio de dupla embreagem
Para ser eletrificado no Brasil, é bem possível que o motor 1.5 TSI Evo2 flex seja combinado ao cultuado e, ao mesmo tempo, controverso câmbio DSG da Volkswagen. Tal casamento já acontece na Europa. A fabricante não confirma, mas durante o anúncio de seu ciclo bilionário de investimentos, prometeu “uma nova transmissão” para equipar seus futuros híbridos flex nacionais.
Estamos falando de uma caixa automática de dupla embreagem com sete marchas banhada a óleo. Por um lado, ela é cultuada por promover trocas rápidas e uma dinâmica de condução mais esportiva. Proprietários de Golf, Jetta e Tiguan que o digam. Por outro, tem manutenção delicada e cara, pelo menos nos carros importados da marca. Donos de Golf, Jetta e Tiguan que também o digam.
Fonte: Autoesporte