16/01/2021 08h34
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Com 17 arrendamentos portuários programados para este ano, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni ressalta que será o maior número de leilões de áreas realizados em um único ano da história. Durante fala sobre retrospectiva de 2020 e previsões para 2021, no podcast ‘Caminhos do Brasil’, promovido pelo Ministério da Infraestrutura, Piloni afirmou que os arrendamentos deverão render R$ 5 bilhões de investimentos em vários portos pelo país.
De acordo com ele, o primeiro leilão está marcado para acontecer em 9 de abril deste ano. Além disso, outros terminais já estão aguardando análise do Tribunal de Contas da União (TCU), sendo esta a última etapa antes da publicação do edital de concessão.
Um dos portos presentes na lista de arrendamento este ano é o de Santos, que vai realizar o leilão de mais dois grandes terminais de líquidos (STS08 e STS08A). Piloni lembrou também que em 2020, depois de 14 anos, o porto atualizou o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Segundo ele, o novo plano traz duas premissas centrais: a da clusterização, organização espacial do porto de forma mais eficiente, e a potencialização das linhas ferroviárias.
Outra conquista do setor portuário em 2020, de acordo com o secretário, foi a entrada de novos players, como é o caso da empresa Ascensus, atuando em terminais arrendados. Isso ocorreu nos quatro últimos leilões realizados no último mês de dezembro. Piloni ressaltou que isso mostra a confiança do investidor está cada vez maior nos projetos de infraestrutura brasileiros.
Ele destacou ainda o crescimento na movimentação dos portos, que fechou 2020 com um aumento de 3,5 a 4% em relação a 2019. O que “puxou” o crescimento foram, principalmente, as cargas do agronegócio e commodities de modo geral. Mesmo em setores de maior preocupação sobre o impacto da pandemia, como contêiner, carga geral, granel líquido, ainda apresentaram um cenário de manutenção da carga movimentada ou de aumento, como é o caso do líquido.
Na avaliação dele, outro projeto que também marcou positivamente 2020 foi o de desestatização dos portos. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), primeira a ser desestatizada, está em processo de discussão com sociedade por meio das audiências públicas. As demais, como os portos de Santos, São Sebastião e Itajaí, estão avançando nos estudos de modelagem. E já para o final de 2020, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) foi qualificada para o processo de desestatização.
Fonte: Portos e Navios