14/12/2022 10h06
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A Hapag-Lloyd está vendo uma pequena recuperação na demanda por remessas depois de cair nos últimos meses, mas a companhia de navegação reiterou sua perspectiva mais branda para o setor à medida que as interrupções causadas pela pandemia desaparecem.
O negócio de contêineres, um barômetro das tendências econômicas globais, experimentou uma notável contração na demanda em setembro e outubro, enquanto as economias de todo o mundo lutavam contra um forte aumento da inflação e uma crise no custo do frete.
"Não acho que o mercado esteja tão fraco quanto há quatro ou oito semanas", disse o CEO da Hapag-Lloyd, Rolf Habben Jansen. "No final do ano e na véspera do Ano Novo Chinês, acho que veremos uma leve recuperação da demanda", acrescentou.
Apesar de ter dobrado o lucro líquido nos últimos nove meses após a crise da covid-19 que levou os fretes a máximas históricas, o CEO da quinta companhia marítima do mundo já havia alertado em novembro para a queda no frete spot e o aumento nos custos unitários relacionados à inflação.
Do lado positivo para os clientes, Habben Jansen destacou que a diminuição do congestionamento portuário e da carteira de navios, que, com 27% da frota total, torna muito provável que a oferta supere a demanda no próximo ano.
Quanto aos volumes de transporte da Hapag Lloyd no quarto trimestre, manteve a previsão de novembro de níveis estáveis ou ligeiramente inferiores aos do mesmo período de 2021, quando ficaram em 2,9 milhões de TEUs.
Segundo Habben Jansen, as pressões inflacionárias são uma das principais preocupações da companhia marítima, com destaque para o aumento dos preços dos combustíveis para os navios, que estão atrelados ao preço do petróleo bruto, e a manutenção da vantagem em meio ao que descreveu como "competição acirrada".
Fonte: Reuters