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É um termo completamente novo, o termo fluência em dados (Data Fluency ou Data Literacy) trata da habilidade de acessar os dados, trabalhar com eles, analisá-los e argumentar com base nos dados. Em outra definição, a fluência em dados é a capacidade de ler, escrever e comunicar dados em um contexto, incluindo a compreensão das fontes de dados, métodos analíticos e técnicas aplicadas, além da capacidade de descrever o uso, aplicação e valor resultante dessa aplicação. Por que é importante para a Logística? 

Os dados são a nova linguagem dos negócios, da logística e uma organização orientada a dados é voltada para transformar conceitos complexos em ações. Nessas organizações, há a aplicação de pessoas, processos e tecnologias para extrair valor dos dados.

Os dados são um meio de comunicação e convencimento. O valor dos dados tem sido reconhecido e elevado com o passar dos últimos anos. Porém, nem todo mundo é confortável para se comunicar com dados, sendo que um dos grandes desafios é construir um diálogo com base em dados. Não é admissível, nem aconselhável, gestores de logística tomarem decisões não embasadas em dados, transformados em conhecimento e inteligência.

Os dados, por si só, são frios. São um simples meio, não são fins em si mesmos. Para serem úteis precisam ser humanizados, devendo ser relevantes para a audiência de forma clara e ligada aos problemas das organizações, além de serem apresentados de forma intuitiva, visual e de formas simples. E nessa comunicação, os dados devem ser usados para transmitir significado.

Para o logístico que pretende ser fluente em dados são necessárias algumas competências, dentre elas saber:

• ler os dados - entender o que são os dados e quais aspectos do mundo eles representam;
• trabalhar com os dados -   criar, adquirir, limpar e gerenciar os dados;
• analisar os dados - filtrar, ordenar, agregar, comparar e realizar outras operações analíticas nos dados;
• argumentar com base em dados - usar dados para apoiar uma narrativa com objetivo de comunicar alguma mensagem para uma audiência particular.

Por muito tempo, o foco das organizações foi investir para obter uma grande quantidade de dados, armazenados em bancos de dados cada vez maiores e plataformas cheias de funcionalidades. Porém, essa vastidão de dados estava muitas vezes desconectada de como as pessoas os usavam. Para serem úteis, os dados precisam ser entendidos por pessoas e usados para a tomada de decisão. E nesse contexto, a interação entre pessoas que se comunicam com base em dados, discutem significados e debatem as ações a tomar é que demonstram o valor dos dados.

Para as organizações e a logística, as vantagens da fluência em dados são muitas, vez que:

• da mesma forma que ser “fluente” em um idioma, a fluência de dados permite que os colaboradores se expressem e compartilhem ideias em um diálogo comum;
• ser fluente em dados permite que uma empresa conecte todos os colaboradores com um conjunto de normas, processos, ferramentas e termos aceitos e usados por todos;
• colaboradores fluentes em dados são capazes de entender os dados, interpretá-los, saber se eles estão disponíveis e saber como usá-los adequadamente;
• a fluência de dados rejeita a ideia de que apenas pessoas específicas podem acessar as informações. Ser fluente em dados significa ampliar o acesso aos dados. É compartilhando conhecimento de dados que a tomada de decisão pode ser aprimorada;
• as empresas se beneficiam da inteligência coletiva que revela o valor dos ativos de dados.

Tecnologia, processos e pessoas são a base da boa logística e os dados são o novo petróleo das organizações, logo a competência de ler os dados é importante para entender o que eles são e representam e que ações e estratégias as empresas devem tomar, saindo completamente do achismo, ou da argumentação simplista de eu sempre fiz assim e dava certo. Uma última informação é que dados sem qualidade não podem gerar informações confiáveis, portanto é importante ter cuidado com as fontes dos dados.

Concluindo, para os gestores de logística é importante ser qualificado e entender de diferentes áreas para executar uma boa administração: logística, processos, tecnologia e pessoas, além da aprendizagem continuada sempre em todas essas áreas.

Sérgio Maia -  Consultor e profissional de Logística há 22 anos. s[email protected]

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