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Sustentabilidade

Ações de conscientização ajudam a proteger as tartarugas marinhas

Com a temporada de reprodução, comunidade do Condomínio Busca Vida, em Camaçari (BA) promovem campanhas educativas

20/10/2024 07h34

Foto: Divulgação

Com o início da temporada de reprodução das tartarugas marinhas, a comunidade do Condomínio Busca Vida (CBV), em Camaçari (BA), já está se organizando para enfrentar as ameaças que comprometem a sobrevivência dessa espécie. Através de campanhas educativas e de conscientização, em colaboração com a Fundação Projeto Tamar, os moradores buscam garantir a proteção desses animais, fundamentais para a biodiversidade.

“A praia de Busca Vida, no município de Camaçari, litoral norte da Bahia, é uma das preferidas pelas tartarugas marinhas durante a desova, que aumenta no Verão. Essa preferência é explicada pelo ambiente tranquilo, silencioso e escuro à noite”, comenta Marcelo Dourado, síndico administrador do CBV. Segundo ele, é essencial que as pessoas tomem cuidados específicos para proteger esses animais, especialmente durante a alta estação, quando o número de frequentadores nas praias cresce.

Para garantir a preservação das tartarugas, a Comissão de Meio Ambiente do CBV recomenda alguns hábitos simples, mas eficazes. Manter a praia escura à noite, evitando fogueiras e luzes fortes, é uma das principais medidas, já que a luminosidade pode desorientar as tartarugas. Além disso, retirar objetos da areia, como cadeiras e sombreiros, é fundamental para que os animais não encontrem obstáculos ao acessar a praia. Outra recomendação é manter os pets na coleira durante os passeios e evitar o uso de veículos na praia, que são proibidos.

Os ambientalistas do CBV também orientam para que não se utilize rastelos na limpeza da praia, já que esse equipamento pode apagar os rastros das tartarugas, dificultando o trabalho dos pesquisadores que monitoram os ninhos e filhotes. Outro cuidado importante é não remover as estacas instaladas pelo Projeto Tamar, uma vez que essas demarcações são fundamentais para a coleta de informações biológicas sobre a espécie ao longo dos anos.

Marcelo Dourado reforça ainda a importância de respeitar as legislações ambientais que protegem os ninhos e filhotes. Entre as principais normas estão a Lei 9605/1998, que proíbe o manuseio de ovos, fêmeas e filhotes, e a Portaria 11/1995 do IBAMA, além da Lei Estadual 7034/1997, que regula a instalação de luzes próximas à maré alta para evitar a foto poluição. Há também a Portaria 10/1995 e a Lei Municipal 431/1995, que proíbem o trânsito de veículos na areia, e a Lei Municipal 429/1999, que limita o acesso de animais de estimação nas áreas de desova.