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A menor demanda por todos os tipos de itens reduz os benefícios das companhias marítimas. Este é um sinal preocupante, porque o setor de transporte marítimo está se aproximando da alta temporada, e os varejistas apresentam níveis mais altos de mercadorias para se antecipar a períodos festivos como os feriados, diz Wall Street Journal - WSJ.

Diante dessa situação, companhias marítimas como Maersk e Hapag-Lloyd afirmam que precisam aumentar os fretes para cobrir seus custos operacionais. Por enquanto, há muitas embarcações na água licitando por carga, o que resulta em uma competição acirrada de preços.

Conforme relatado pelo WSJ, as taxas médias diárias de frete da Ásia para a costa oeste dos Estados Unidos via Pacífico estão em torno de US$ 1.500 por contêiner de 40 pés, acima dos mais de US$ 14.000 do ano anterior, de acordo com a Freightos Baltic índice. Enquanto isso, o custo de envio de um contêiner da Ásia para a Europa é de cerca de US$ 1.400, ante quase US$ 11.000 há um ano.

As tarifas para ambas as rotas comerciais estão oscilando em torno dos níveis de 2019, mas os custos de combustível e mão de obra estão mais altos agora do que antes da pandemia. Rolf Habben Jansen, diretor executivo da Hapag-Lloyd, declarou na conferência de resultados da empresa alemã que “as taxas spot estão em um nível que não é sustentável no longo prazo, com custos que aumentaram entre 25% e 30% desde 2019”. Em alguns casos, ele disse que certas viagens não fazem sentido " porque você simplesmente perde muito dinheiro ".

Fim da sequência de resultados recordes? 

Os operadores de navios porta-contêineres estão entre os maiores beneficiários da pandemia, com várias companhias de navegação registrando lucros recordes devido ao aumento da demanda e dos preços. No entanto, esse boom começou a diminuir no ano passado, levando as transportadoras a cancelar viagens em algumas das rotas comerciais mais movimentadas do mundo.

Nesse sentido, o poder de precificação dos armadores diminuiu, mas alguns dos listados obtiveram grandes lucros no início do ano. Da Xeneta, plataforma especializada no fornecimento de dados de transporte marítimo, eles garantem que os embarcadores tenham 'vantagem' na hora de definir os preços dos fretes, segundo o WSJ. 

Fonte: Mundo Marítimo