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A Air Botswana teve seu Embraer 170 proibido de voar pela Autoridade de Aviação Civil do Botswana (CAAB). O avião brasileiro, de matrícula A2-ABM, teve o Certificado de Aeronavegabilidade suspenso por falta de segurança. As autoridades do país africano alegam que a companhia aérea não cumpriu com as inspeções e serviços obrigatórios de manutenção.

A aeronave tem sofrido uma série de falhas técnicas, atrasando e suspendendo voos. Após auditoria da CAAB, os técnicos encontraram uma série de irregularidades nos processos de manutenção e operação da Air Botswana.

A empresa aérea opera com dois Embraer E170 e três turboélices da ATR, mantendo uma operação regional e internacional, atendendo inclusive destinos na África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

A Air Botswana é a empresa de bandeira do país, tendo passado por uma série de períodos conturbados ao longo de 50 anos. Em outubro de 1999, um piloto roubou um dos ATR 42 da empresa, e após declarar em voo seu desejo de suicídio, culminou sua ação jogando a aeronaves contra o pátio do aeroporto Sir Seretse Khama, atingindo deliberadamente os outros dois ATR 42 da frota. O único avião remanescente, um BAe 146, estava fora de serviço há vários meses por falta de manutenção.

A companhia chegou a ser privatizada nos anos 2000, mas retornou gradualmente controle estatal nos últimos anos. Investidores com pouca tradição no setor aéreo, ou estratégias equivocadas, inviabilizaram o projeto de crescimento da empresa.

Fonte: Aero Magazine