06/03/2023 14h23
Foto: Divulgação
A companhia aérea Azul disse que chegou a acordos com arrendadores de aeronaves responsáveis por 90% de seus passivos de arrendamento que dariam a eles ações e dívidas negociáveis em troca de pagamentos mais baixos.
A Azul disse que o acordo incluiu termos em que os arrendadores eliminaram diferimentos relacionados à pandemia, bem como a diferença entre suas taxas contratuais de arrendamento e as taxas atuais de mercado.
A companhia aérea emitirá uma nota negociável com vencimento em 2030 e ações para os arrendadores, cujo preço reflete sua melhor geração de caixa, estrutura de capital e risco de crédito reduzido, afirmou.
A empresa não identificou os credores envolvidos ou deu mais detalhes.
“As negociações continuam com os arrendadores e demais parceiros, como os OEMs (fabricantes de equipamentos), e estamos muito otimistas de que chegaremos a acordos com todos eles”, disse o vice-presidente financeiro da Azul, Alex Malfitani, em comunicado ao mercado.
Prejuízo
A companhia aérea Azul divulgou nesta segunda-feira (6) prejuízo líquido ajustado do quarto trimestre maior na comparação anual, mas disse que espera um desempenho melhor à frente graças a um acordo com os arrendadores de aeronaves para reduzir os pagamentos. A Azul afirmou mais cedo que o acordo deve permitir que seu fluxo de caixa seja positivo em 2024 e além, ao mesmo tempo em que projeta uma “redução significativa” no investimento em 2023 e nos anos seguintes.
“Olhando para 2023, estamos animados pelo forte ambiente de demanda e pelas importantes conquistas da nossa malha”, afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacando que a empresa passou a oferecer rotas para Paris e Curaçao e elevará o número de voos para os Estados Unidos.
A Azul estimou receita recorde de 20 bilhões de reais e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também recorde de mais de 5 bilhões, aproximadamente 40% acima em comparação com os níveis pré-pandemia em 2019, acrescentou Rodgerson no material do balanço.
As ações da Azul listadas nos Estados Unidos exibiam alta de mais de 20% no pré-mercado.