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Transporte Aéreo

Azul faz acordo de R$ 3 bilhões com mais de 90% de credores

O novo acerto com os credores, se concluído, vai substituir um acordo acertado pela Azul no ano passado

08/10/2024 10h33

Foto: Divulgação

A companhia aérea Azul anunciou, na noite de segunda-feira (7), que atingiu acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos que envolve troca de cerca de 3 bilhões de reais em obrigações de dívida por emissão de novas ações da empresa.

O acordo envolveu 92% “das obrigações de emissão de ação existentes”, afirmou a Azul em fato relevante, que serão trocadas pela emissão única de até 100 milhões de novas ações preferenciais da companhia.

A ação da Azul encerrou na segunda-feira (7) cotada a 5,75 reais o que implica que a emissão das ações sob o acordo, se fosse realizada na véspera, representaria um valor de 575 milhões de reais.

O novo acerto com os credores, se concluído, vai substituir um acordo acertado pela Azul no ano passado que previa que os 3 bilhões de reais seriam pagos trimestralmente por meio da emissão de ações ao preço de 36 reais por papel a partir do terceiro trimestre deste ano até o final de 2027. Na época desse acordo, a ação da Azul valia cerca de 15 reais.

“Esses acordos representam uma parte significativa de um plano abrangente projetado para fortalecer a geração de caixa da Azul e melhorar sua estrutura de capital no futuro”, afirmou a empresa no fato relevante.

A companhia aérea afirmou ainda que continua em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações de emissão de ações.

Analistas do JPMorgan afirmaram que a emissão das 100 milhões de ações representa uma diluição de cerca de 23% aos acionistas da empresa, com base na cotação de segunda-feira.

“O anúncio veio quase em linha com as expectativas sobre uma potencial diluição de 20% a 25%”, afirmou Guilherme Mendes, analista do JPMorgan em relatório. “Damos boas-vindas ao anúncio, pois ele remove as pressões de curto prazo sobre um potencial pedido de recuperação judicial da empresa”, acrescentou Mendes, citando que o JPMorgan segue com recomendação “neutra” para a ação da Azul.

Fonte: Reuters