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A liquidação extrajudicial do Banco Master foi decretada nesta terça-feira (dia 18) pelo Banco Central. Na decisão, a autoridade monetária também comunicou a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores do banco. O dono da instituição, Daniel Vorcaro, também teve a prisão decretada, em uma operação da Polícia Federal que apura um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos por instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional.

A liquidação foi decretada menos de 24 horas depois do anúncio da operação de compra do Master pela Fictor Holding Financeira no início da noite desta segunda-feira. A suspeita de interlocutores é de que a operação foi uma última cartada de Vorcaro para tentar deixar o país. A decisão de liquidar o banco já estava tomada antes do comunicação da Fictor. Em setembro, o BC havia rejeitado o negócio com o BRB.

Corretora de câmbio

A liquidação também vale para a Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. Além disso, o BC decretou regime de administração especial temporária (RAET) do Banco Master Múltiplo.

O regime de liquidação é uma forma de encerrar as atividades de uma instituição com graves problemas financeiros, operacionais ou de gestão de forma ordenada, visando a estabilidade do sistema financeiro nacional. Segundo o BC, esse regime é adotado quando ocorre situação de insolvência irrecuperável ou quando são cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais. Já no RAET, as atividades da instituição são mantidas.

No caso do Banco Master, a liquidação foi decretada "em razão do comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, com deterioração da situação de liquidez, bem como por infringência às normas que disciplinam a atividade bancária e inobservância das determinações do Banco Central do Brasil", diz o ato do presidente Gabriel Galípolo.

No comunicado, o BC informa que a EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada com liquidante, cujo responsável técnico pela liquidação é Eduardo Felix Bianchini, que tem "poderes de administração e representação da sociedade".