16/05/2023 08h51
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O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido ajustado de R$ 8,5 bilhões, de acordo com o relatório de resultados divulgado pela estatal. O número significa alta de 29% ante o mesmo período do ano passado.
A linha veio dentro das estimativas do consenso do mercado, que esperava ganhos de R$ 8,476 bilhões, segundo dados levantados pela Bloomberg.
O resultado, segundo o banco, se traduz pelo crescimento responsável da carteira de crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pela inadimplência sob controle e pelo foco na diversificação de receitas e controle de custos.
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,1 bilhões no período, redução de 3,6% na comparação com o trimestre anterior.
Crédito
O balanço mostra que a carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,03 trilhão em março de 2023, crescimento trimestral de 2,7%. Na comparação em 12 meses, o crescimento foi de 16,8%.
Na carteira de agronegócios, o saldo é de R$ 322,5 bilhões, crescimento anual de 26,7%, de acordo com o banco, que afirma ter a liderança de desembolso no plano safra 2022/2023, com um crescimento de 30% em relação à safra anterior, atingindo R$ 148,4 bilhões. Na atuação da agricultura familiar, o Banco apresentou crescimento de 38% no desembolso de crédito, atingindo R$ 58,4 bilhões em saldo, informa.
Na categoria Pessoa Física, o crédito chegou a R$ 300,1 bilhões, 3,6% maior no trimestre e 11,7% em 12 meses, com destaque para o desempenho na carteira de crédito consignado – com alta de 3,0% no trimestre e de 9,6% em 12 meses – e do crédito não consignado, 3,7% maior no trimestre e 9,3% em 12 meses.
O banco destaca ainda as concessões para empresas lideradas por mulheres, que cresceu 36%. Outro destaque foi na linha do Pronampe, com R$ 2,5 bilhões em concessões nos primeiros três meses do ano.
Inadimplência
A provisão para perdas com empréstimos mais que dobrou em um ano, passando de R$ 2,76 bilhões no primeiro trimestre de 2022 para 5,86 bilhões.
O aumento da provisão ocorreu com o índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias voltando a crescer, seguindo tendência do mercado diante da elevação dos juros no país no período.
O índice passou de 1,89% da carteira no início do ano passado para 2,62% ao final de março, número também maior que os 2,51% do final de 2022.