08/04/2025 14h23
Foto: Voltz - Divulgação
O iFood e a YvY Capital anunciaram um novo fundo de investimento para acelerar a produção de motos elétricas no Brasil. Com aporte inicial de US$ 7,5 milhões do iFood, o Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios tem como meta fabricar e comercializar até 600 mil motos elétricas por ano até 2035. A iniciativa pretende reduzir custos logísticos, ampliar o uso de veículos sustentáveis nas entregas e impulsionar a eletromobilidade no país.
Atualmente, o iFood conta com mais de 360 mil entregadores ativos. Desde 2020, a empresa vem investindo na eletromobilidade como uma forma de reduzir custos operacionais e emissões de carbono. De acordo com a empresa, motos elétricas representam uma economia entre 30% e 60% em combustível e manutenção, além de aumentarem os ganhos dos entregadores.
As motos a combustão respondem por mais da metade das emissões em entregas urbanas. A substituição desses veículos por motos elétricas contribui para uma logística mais eficiente, menos poluente e economicamente vantajosa para os trabalhadores.
O Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios vai atuar em diferentes frentes. Entre elas, estão a estruturação de projetos industriais, o apoio a startups e a formação de um ecossistema de eletromobilidade. A Classe E2Ws do fundo será voltada exclusivamente para veículos elétricos de duas rodas e contará com a participação de investidores corporativos e financeiros.
Esses investidores poderão atuar em diversas etapas da cadeia de valor, como produção de baterias, motores, infraestrutura de recarga, energia renovável e serviços de mobilidade. A previsão é que o fundo mobilize até US$ 1 bilhão em novos investimentos ao longo dos próximos anos.
Além do impacto ambiental, o projeto pode ampliar a renda de milhões de entregadores e mototaxistas. Segundo a YvY Capital, o aumento pode chegar a 40%, gerando efeitos positivos em áreas como habitação, educação e saúde.
A iniciativa também prevê uma redução potencial de até 14,25 milhões de toneladas de CO2 por ano. Isso pode contribuir para a melhora da qualidade do ar nas cidades brasileiras, além de fortalecer a neo-industrialização e o desenvolvimento tecnológico nacional.