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Gestão

Caminhoneiros insatisfeitos com a alta do diesel ameaçam parar

O preço do combustível nos postos já acumula alta de 96%

13/05/2022 09h40

Foto: Divulgação

Os caminhoneiros voltaram a discutir a possibilidade de uma paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras.

A categoria também se mostrou incomodada com o estudo encomendado pelo novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para levar adiante uma eventual privatização da companhia.

Vídeos de caminhoneiros viralizam na rede social TikTok. Neles, os trabalhadores aparecem em postos, abastecendo seus tanques.

Em um desses vídeos, o caminhoneiro registra que o valor total na bomba ultrapassa R$ 5.500, para armazenar pouco mais de 600 litros do combustível. O litro, na região de Barreiras, na Bahia, é vendido por R$ 8,24.

"Não tem condições, vou ter que fazer outro abastecimento ainda, para chegar a Mato Grosso. O frete foi R$ 11 mil. Não tem condições, os caminhões vão parar. É pane seca nas rodovias", diz o caminhoneiro.

Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um aumento de 8,87% no preço do diesel em suas refinarias. O preço do combustível nos postos já acumula alta de 96% no governo Bolsonaro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Paralisação dos caminhoneiros deve ser discutida no domingo

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, pretende reunir representantes da classe no próximo domingo (15), para discutir uma paralisação nacional da categoria.

"A situação passou de todos os limites e o diesel ainda está com o preço 10% defasado com base no preço internacional, ou seja, tem mais aumento nas bombas em breve", afirmou a associação, em carta. "O cenário é de pré-caos."

A associação também diz ser contra a privatização da Petrobras. "O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e não vender a PPSA e a Petrobras", afirma a Abrava.

Fonte: Estadão Conteúdo