21/10/2020 17h02
Foto: Codesa - Divulgação
Ao participar do painel Os Caminhos para a Desestatização dos Portos do Sudeste, dentro da programação do Sudeste Export, último dia (20) do fórum que aconteceu em São Paulo, o presidente da Companhia das Docas do Espírito Santo - Codesa, Julio Castiglioni, defendeu o modelo landlord no processo de desestatização dos portos públicos do país, o que inclui o Porto de Vitória. Segundo Castiglioni, o landlord dá ao gestor concessionário mais agilidade e competitividade na administração portuária, numa parceria entre o público e privado.
Para Castiglioni, essa modelagem de desestatização permite mais liberdade e dinamismo para gerir e tocar os assuntos e os negócios do porto, como acontece nos padrões australiano e europeu. Ele, porém, alertou que não é recomendável importar um modelo estrangeiro sem adequá-lo à nossa realidade social e cultural, “pois pode nos levar ao fracasso”. E acrescentou: “Aqui no Brasil se discute se a gestão é pública ou privada, enquanto o certo seria a preocupação com a competitividade”.
Castiglioni destacou os avanços conquistados em um ano e meio de gestão à frente do Porto de Vitória, exemplificando ações que vem resultado em equilíbrio nas finanças e bons resultados operacionais. “Estamos preparando o porto para torná-lo viável dentro do processo de desestatização, que acontece no próximo ano”, finalizou.