08/01/2024 13h55
Foto: Divulgação
Os homens negros são a maioria das pessoas em situação de rua em Salvador. Os dados foram divulgados pela prefeitura, nesta segunda-feira (8).
Foram recenseadas 5.130 pessoas, sendo que, destas, 3.949 são homens. São 975 mulheres, 103 pessoas com gênero dissidente (pessoas trans ou travestis) e 103 não responderam.
Entre os recenseados, 3.265 são pretos, 1.513 são pardos, 208 brancos, 33 indígenas, 15 amarelos e 96 não responderam.
Segundo a prefeitura, a maior parte das pessoas em situação de rua são adultas (18 a 59 anos) e somam 4.175, os idosos são 479. Crianças somam 275 e adolescentes, 98. 103 não informaram a idade. A pesquisa revelou também que 1.231 dormem na rua e 770 dormem nas Unidades de Acolhimento Institucional (UAIs).
Entre os motivos de estarem em situação de rua estão procurar sustento (28,3%), maus tratos na família (26%), uso de substâncias psicoativas (10,3%), ficou desabrigado (9,1%), morte de algum familiar (3,6%) e outros.
"Nós realizamos o censo no ano de 2023, passamos por toda cidade, passamos pelas Ilhas também, que pela primeira vez, participam do censo. É um diagnóstico das pessoas em situação de rua. São dados que irão possibilitar o planejamento de políticas públicas", explicou Júnior Magalhães, secretário municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
Programa Vida Nova
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, destacou a importância de realizar o censo em Salvador. "Temos quase 400 mil famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. Isso mostra o quanto nossa cidade é desigual e quantos desafios temos pela frente", observou, durante o lançamento do programa Vida Nova.
O prefeito anunciou também um pacote de medidas para beneficiar as pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre as ações, um "kit moradia", que inclui aluguel social, cartão de R$ 200 de alimentação, e inscrição no Minha Casa, Minha Vida, para garantir que a pessoa tenha moradia definitiva.
O censo foi uma iniciativa da prefeitura de Salvador, através da Sempre, em parceria com o Projeto Axé, com o apoio do Conselho Municipal de Assistência Social de Salvador (CMASS) e cooperação técnica da UFBA, Movimento Nacional da População de Rua e a Rede Catabahia.
Fonte: CORREIO