02/09/2024 10h32
Foto: Divulgação
A taxa de desocupação recuou, no trimestre encerrado em julho, 0,7 ponto percentual na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2024. Agora, ela é de 6,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda assim, o número de profissões com indícios de escassez de mão de obra, entre as mais representativas do mercado formal, atingiu nível recorde em junho deste ano. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que também usou dados do Banco Central (BC).
Considerando as 231 principais profissões, a pesquisa mostrou que, em junho de 2024, 40% delas tinham indícios de escassez de mão de obra.
Nos últimos dez anos, esse percentual foi atingido em apenas em outro momento: dezembro de 2021. Na série histórica apresentada pela Confederação, que considera os meses de junho e dezembro ano a ano, o percentual nunca foi tão alto quanto este.
Os dados se mostram ainda mais discrepantes quando observado que, em junho de 2014, a quantidade dessas ocupações com escassez era menor que 15%.
A questão é que, segundo a CNC, historicamente, a baixa incidência de escassez de mão de obra está relacionada a momentos de retração do nível de atividade econômica. Entre junho de 2015 e dezembro de 2017, por exemplo, a taxa estava em 0%.
Vale destacar que são consideradas profissões com indícios de escassez “aquelas em que, apesar da ampliação de vagas, o salário de admissão avança de forma mais intensa que a média do mercado formal de modo a estimular a admissão de novos profissionais”.
Confira a seguir as principais profissões com indícios de escassez nos 12 meses encerrados em junho de 2024:
A Confederação destaca ainda que, apesar de a taxa de crescimento da economia ter superado as expectativas no primeiro semestre, os recordes de escassez podem estar associados a outros fatores além do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como a redução da população na força de trabalho.
Fonte: CNN