15/04/2025 10h07
Foto: Voepass - Divulgação
A companhia aérea Voepass confirmou nesta terça-feira (15), a demissão de parte do seu quadro de funcionários. A empresa está com as operações suspensas há mais de um mês.
A empresa não informou o número de demitidos, citando apenas o desligamento “de uma parte do seu quadro de funcionários, incluindo tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio”.
“A decisão foi tomada após a suspensão temporária da sua operação, medida que afetou milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e provocou um impacto direto no caixa da companhia, que já estava em processo de reestruturação financeira, tendo ajuizado um pedido de tutela preparatória em fevereiro deste ano”, disse, em nota.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu as operações da companhia no dia 11 de março, citando “quebra de confiança” e “violação das condicionantes” estabelecidas para que a operação prosseguisse dentro dos padrões de segurança adequados.
A Voepass está sob fiscalização da Anac desde que um avião da companhia caiu sob um condomínio residencial em Vinhedo (SP), em agosto. O acidente matou 62 pessoas.
Na nota divulgada terça-feira (15), a empresa afirma estar adotando “todas as medidas necessárias para demonstrar sua capacidade operacional” para retomar suas atividades “o mais breve possível”.
Antes da suspensão, a aérea, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, vinha atuando com uma frota de seis aeronaves com voos para 17 destinos, com destaque para viagens regionais.
Veja a íntegra do comunicado da Voepass:
A Voepass Linhas Aéreas comunica que tomou a difícil decisão de readequar seu quadro de funcionários à nova realidade da empresa e realizou o desligamento de uma parte do seu quadro de funcionários, incluindo tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio. A decisão foi tomada após a suspensão temporária da sua operação, medida que afetou milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e provocou um impacto direto no caixa da companhia, que já estava em processo de reestruturação financeira, tendo ajuizado um pedido de tutela preparatória em fevereiro deste ano.
A companhia está adotando todas as medidas necessárias para demonstrar sua capacidade operacional para restabelecer seu Certificado de Operador Aéreo (COA) pela Anac, com o objetivo de retomar suas atividades o mais breve possível. Nesse processo, sua malha encontra-se sob revisão e análise frequentes, que consequentemente tem impacto direto na quantidade de pessoas que emprega.
A companhia ressalta que, mesmo diante de todos os desafios que vem enfrentando, sempre teve como objetivo preservar o máximo de empregos possíveis e manter a sua sustentabilidade no longo prazo; e com isso manter seu compromisso de conectar o interior do Brasil aos grandes polos.
Reforça ainda que considera sua história de 30 anos – sendo a companhia aérea há mais tempo em operação no país – uma força essencial e estratégica de desenvolvimento na aviação brasileira – já que poucas companhias aéreas investem na inclusão de cidades do interior no transporte aéreo.
A companhia está tratando do assunto diretamente com os sindicatos das categorias e dando sequência nas tratativas relacionadas às questões trabalhistas.