03/11/2021 07h57
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O comércio varejista da Bahia deve registrar crescimento nas vendas de 5,4% no segundo mês mais importante para o setor no ano (novembro) período quando ocorre a Black Friday. De acordo com a Fecomércio-BA, diferentemente do Dia das Crianças, dos Pais ou dos Namorados, que movimentam um grupo menor de segmentos do comércio, a temporada de ofertas se aproxima mais do comportamento do Natal, envolvendo uma gama maior de atividades.
Para o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, mesmo comparando com o mesmo período de 2019, a pré-pandemia, o comércio tende a ter um resultado positivo de 5,9%. E um dos principais fatores para o desempenho favorável esperado é a injeção do 13º salário, com a primeira parcela a ser paga até o dia 30 do mês. “Muitos trabalhadores já tiveram o seu 13º salário adiantado no início do ano, porém o maior volume é, de fato, no final do ano”, pontua o especialista.
Segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério da Economia, a Bahia possui atualmente 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada, 100 mil a mais do que em relação a 2020. Ou seja, um contingente maior de pessoas que deve receber o 13º salário, mesmo que seja de forma proporcional a sua entrada no mercado de trabalho.
Dos setores mais ligados a Black Friday, o destaque das projeções de vendas para o mês de novembro é das lojas de vestuário, tecidos e calçados, com alta anual de 10,5%. Já o setor de móveis e decoração tem uma alta esperada de 9,6%. Já as concessionárias de veículos e motos devem crescer 25,2%, a maior alta projetada no mês entre os segmentos. Mas, tradicionalmente, não é uma atividade muito ligada à Black Friday, pois envolve bens duráveis, bem mais caros.