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Transporte Aéreo

Companhia da Rússia suspende todos os voos com jatos da Boeing

Maior do ramo em seu país, Volga-Dnepr Group possui 24 aeronaves dos modelos 737 e 747

19/03/2022 11h06

Foto: Divulgação

As sanções econômicas impostas contra a Rússia por ter invadido a Ucrânia já estão surtindo efeito no mercado de aviação comercial do país. Maior companhia aérea de carga russa, a Volga-Dnepr Group informou que suspendeu todos os voos com aeronaves da Boeing.

Em comunicado, a companhia russa confirmou que interrompeu as atividades de duas de suas subsidiárias, a AirBridgeCargo e Atran, devido aos embargos e por conta do cancelamento dos certificados de segurança das aeronaves, que são alugadas de empresas de leasing das Bermudas. A nação caribenha está no grupo de países que impôs sanções contra Moscou e pede a devolução dos aviões.

“O grupo Volga-Dnepr suspendeu temporariamente os voos de aviões da AirBridgeCargo e Atran por causa de sanções introduzidas anteriormente pelos arrendadores e a declaração da Autoridade de Aviação Civil das Bermudas sobre o cancelamento dos certificados de aeronavegabilidade. A direção do grupo tomou uma decisão consciente para encontrar a possível solução na situação evoluída em conjunto com parceiros e reguladores estaduais”, disse a empresa.

As divisões do grupo Volga-Dnepr que tiveram as atividades suspensas operam 24 aeronaves da Boeing, sendo seis jatos 737 (modelos 737-400F e 737-800BCF) e 18 modelos 747 (nas versões 747-400F, 747-400ERF e 747-8F).

Com a frota de jatos da Boeing parada, o grupo Volga-Dnepr agora tem à disposição somente os cargueiros Ilyushin Il-76 (cinco aeronaves), de fabricação russa, e o Antonov An-124 (12 aeronaves), ironicamente fabricados na Ucrânia. Esses aviões voam com divisão Volga-Dnepr Airlines, que segue ativa.

O grupo Volga-Dnepr era um dos principais clientes do Boeing 747, incluindo o modelo mais recente 747-8F. Os pedidos da empresa foram essenciais para a fabricante americana manter a produção do Jumbo ativa nos últimos anos. Em 2019, a companhia assinou uma carta de intenção para adquirir até 29 cargueiros 777F, acordo que muito provavelmente nunca será efetivado.

Nesta semana, o presidente Vladimir Putin sancionou uma lei que permite às companhias aéreas do país registrarem aeronaves alugadas de empresas estrangeiras na Rússia. Essa medida pode resultar num dos maiores calotes da história. Atualmente, existem cerca de 700 aviões comerciais empresas de leasing do Ocidente em serviço no mercado russo.

Fonte: Airway