21/11/2020 10h03
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As companhias aéreas precisarão entre 70 e 80 bilhões de dólares (equivalente a cerca de R$ 373 e R$ 426 bilhões) em ajuda adicional dos governos para sobreviver à crise da Covid-19, que está esgotando sua renda, afirmou Alexandre de Juniac, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
O chefe da Iata já recebeu 160 bilhões de dólares em ajudas dos governos, mas "caso não receba ajuda adcional, as empresas não sobreviverão", disse De Juniac.
Para o diretor-geral, “quanto mais durar a crise, maior será o risco de falências". "Quase 40 empresas estão com dificuldades muito grandes, em processo de recuperação ou falência”, complementa.
Desde o início da crise do coronavírus, que paralisou quase toda a frota mundial durante várias semanas no começo do ano, os governos têm oferecido ajuda às empresas em diversas formas (empréstimos, ajuda direta, auxílio para manter empregos).
No entanto, com a segunda onda de coronavírus, o tráfego não conseguiu se reativar e as empresas continuarão registrando perdas.
É provável que este ano se aproximem "dos 100 bilhões, em vez dos 87 bilhões anunciados anteriormente", segundo De Juniac.
Sobre as possíveis fusões no setor, o chefe da Iata afirmou que isso exige "que as empresas tenham os meios para se comprarem mutuamente", em um momento em que estão "em modo de sobrevivência".
Entretanto, a longo prazo, considera "provável" que haja "menos atores, devido às falências, e que esses atores sejam um pouco menores, porque serão obrigados a vender uma grande parte de sua frota ou a fechar rotas, ou ter horários de voo mais limitados".
A Iata se reúne a partir de segunda-feira (23) para a assembleia-geral anual da organização, que reúne 290 companhias aéreas de todo o mundo.
Fonte: France Presse