Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Logística

Dois armazéns no Porto de Salvador são interditados

Auditores fiscais do trabalho identificaram problemas estruturais e ausência de equipamentos de combate a incêndio

31/03/2024 08h25

Foto: Divulgação

Dois armazéns do Porto de Salvador, administrado pela Companhia de Docas do Estado da Bahia (Codeba), foram interditados por auditores fiscais do trabalho. Os técnicos identificaram problemas estruturais e ausência de equipamentos de combate a incêndio nos espaços.

Segundo informações do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (Safiteba), atendeu à demanda dos trabalhadores que atuam no Porto de Salvador transportando cargas pesadas. Ainda de acordo com a entidade, os trabalhadores pedem condições seguras de trabalho desde o acidente com uma empilhadeira que matou um trabalhador em 2021.

De acordo com o auditor fiscal e diretor do Safiteba, Rivaldo Moraes, a interdição desta semana ocorreu após a equipe de inspeção confirmar que os fardos de celulose estavam empilhados em uma altura de até seis metros e verificar que os pisos dos armazéns estão desnivelados, com depressões, buracos e saliências, gerando grande risco de tombamento, tanto da carga, quanto das empilhadeiras que transportam o material. Além disso, os AFTs identificaram risco de atropelamento de trabalhadores no interior dos armazéns, por ausência de delimitação de áreas para trânsito de pedestres e ausência de itens de combate a incêndios. No último dia 22, a fiscalização já havia interditado o pátio do Porto de Salvador, devido à falta de segurança para o trânsito de trabalhadores na área.

“O piso irregular e a deficiência nos equipamentos básicos de combate a incêndio foram alguns dos problemas identificados. Esses armazéns têm pouquíssimos extintores de incêndio, em desacordo com as normas do Corpo de Bombeiros, não têm saída de emergência, nem iluminação de emergência e, se houver a necessidade de fuga, não tem como, pois a área de escape pode estar obstruída por carga. Além disso, a Codeba não tem rede de hidrantes. Os trabalhadores utilizam água do mar para apagar incêndio”, explica.

Em nota, a Codeba informou que as irregularidades apontadas pela SRT se referem à implementação de medidas e sistemas já contratados ou com implantação em andamento. "Os armazéns citados não estão sendo utilizados justamente por estarem em processo de adequação e correspondente aprovação dos projetos de combate a incêndio para que voltem a operar", afirmou a companhia, em nota. As operações do Porto de Salvador não foram afetadas pelas interdições.