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Economia

Dólar opera em alta após Selic subir para 10,75% ao ano

Na quarta-feira (2), a moeda norte-americana fechou estável, a R$ 5,2754.

03/02/2022 10h12

Foto: Divulgação

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (3), após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidir elevar a taxa Selic de 9,25% ao ano para 10,75% ao ano, dentro do esperado pelo mercado.

Às 9h27, a moeda norte-americana subia 0,29%, cotada a R$ 5,2905. 

Na quarta-feira (2), o dólar fechou estável, a R$ 5,2754. Na parcial do mês, tem queda de 0,57% e no ano acumula baixa de 5,37% frente ao real.

Cenário

Com a elevação da Selic para 10,25% ao ano, a taxa básica de juros do país voltou ao patamar de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos e meio.

De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro, a Selic deve voltar a subir em março, para 11,75% ao ano, mas parte dos analistas avaliam que a taxa ainda pode superar o patamar de 12%.

Juros mais altos no Brasil são amplamente vistos como positivos para o real, uma vez que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico e tendem a ser um ponto a favor do fluxo de capital estrangeiro ao país.

Com a Selic a 10,75%, o Brasil passou a ter maior taxa mundial de juros reais (descontada a inflação) projetada para 12 meses, segundo ranking da Infinity Asset Management.

Vale lembrar, porém, que juros mais altos encarecem o crédito, o que prejudica o crescimento do consumo da população e dos investimentos produtivos. Dessa maneira, impacta negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Na cena externa, as bolsas globais recuavam nesta quinta (3) após os resultados decepcionantes das empresas líderes do setor de tecnologia e enquanto os operadores aguardam mais pistas sobre o ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos.

No Reino Unido, o banco central britânico elevou os juros de 0,25 para 0,5% ao ano nesta quinta-feira (3), com a instituição alertando que a inflação chegará em breve a mais de 7%.

Com a nova alta da Selic, o Brasil passou a ter a maior taxa mundial de juros reais, isto é, quando se desconta a perda pela inflação, de acordo com a Infinity Asset Management.

A projeção do mercado para a inflação de 2022 está atualmente em 5,38%. Tal perspectiva aumenta a atratividade do Brasil para o investidor estrangeiro.

Fonte: G1