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Transporte Aquaviário

Dragagem do canal do Porto de Santos aguarda termo do DNIT

O serviço está paralisado desde o último dia 12 de junho

02/07/2020 15h39

Foto: Divulgação

A dragagem do canal de navegação do Porto de Santos está paralisada desde o último dia 12. Nesta data, foi concluído o serviço previsto no contrato firmado com o DNIT. Agora, a SPA, planeja a retomada do serviço no canal. No entanto, serão necessários pelo menos 20 dias para a mobilização dos equipamentos.

Até mês passado, a dragagem era realizada pela Van Oord Operações Marítimos, através de um contrato firmado com o Dnit, do Governo Federal. No entanto, há a necessidade de que o órgão comunique formalmente a Autoridade Portuária sobre o fim dos trabalhos, com o termo de recebimento do serviço.

A partir desta etapa, o serviço no canal poderá ser retomado através de outro contrato. Desta vez, firmado entre a DTA Engenharia e a Autoridade Portuária. A empresa é a responsável pela dragagem de toda a extensão da via marítima, desde o acesso até os berços.

Os pontos de atracação foram a primeira etapa desta frente de trabalho da DTA. O início foi necessário para que os berços de terminais de contêineres recuperassem a profundidade após o assoreamento causado pelo tempo em que a obra ficou paralisada, por conta de uma disputa judicial.

Apesar da retomada parcial, para os usuários do Porto de Santos, a preocupação persiste. Isto porque, em períodos chuvosos, a deposição de sedimento é ainda maior no estuário.

Com as fortes ressacas, comuns nesta época, a área mais afetada, normalmente, é o trecho 1, que vai da Barra, na parte externa da Baía de Santos, até o Entreposto de Pesca, no início da região dos terminais.

“Os próximos locais a serem dragados atenderão cronograma que está sendo  elaborado pela Autoridade Portuária conforme necessidade, ou seja, considerando o cruzamento entre o tempo desde a última intervenção e as taxas de assoreamento verificadas por trecho e por berço”, informou a estatal em nota.

A empresa ainda aponta que a mobilização para qualquer equipamento, no contrato, é de 20 dias a partir da emissão da ordem de serviço. O documento ainda não foi expedido.

Atualmente, a Autoridade Portuária está realizando batimetria (medição da profundidade), cujos dados serão informados à capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) após a finalização dos serviços. Mas, segundo a estatal, havendo necessidade, o contrato de manutenção será executado.

“A Autoridade Portuária está fazendo essas batimetrias para, havendo necessidade, mobilizarmos as nossas dragas hopper para que esse assoreamento não venha a prejudicar as operações do Porto”, afirmou a DTA Engenharia.

Bacia de Manobras

O Dnit Também finalizou, no final do mês passado, a manutenção e a ampliação das bacias de manobra no Porto de Santos. Segundo o órgão, os serviços proporcionam melhores condições de navegação e atracação.

A diretora de Infraestrutura Aquaviária do órgão, Karoline Lemos, destacou a importância da obra. “O Dnit teve a oportunidade de finalizar essa complexa obra de dragagem, que tem sua importância indiscutível para melhoria da operação no maior complexo portuário da América Latina. O serviço traz significativos benefícios para o País e sua economia”.

Fonte: A Tribuna